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Escrita por Daniel Augusto
Produção Original "Drama & Ação"
Capítulo
023
Começa onde terminou o capítulo anterior
Cena 001
// Rua // Noite
Leonardo – Eu não sei do que você está falando, eu não conheço
esse Anselmo
(Diz o jovem com medo)
José – Conhece sim, não precisa ficar com medo, eu não vou fazer
nada de mal com você.
Leonardo – Eu não conheço ele, me deixa eu ir embora.
José – Ok, eu não vou te segurar aqui, até porque seria ridículo
da minha parte, mas se mudar de ideia sabe onde me procurar né.
Anselmo se aproxima...
Anselmo – E quem disse que ele vai te procurar, seu velho chato.
José – Bem que eu desconfiava que você estava metido nesse assalto
e agora eu tenho a certeza disso.
Anselmo – Você é insistente hein, não desiste nunca.
José – Eu vou colocar você na cadeia e alertar todo mundo sobre o
verdadeiro caráter seu.
Anselmo – Será que você vai ter tempo para isso?
José fica com medo...
José – Isso é uma ameaça de morte?
Anselmo – Pode ser, mas eu não posso fazer isso agora, seria ruim
para mim ter que te matar, mas eu vou deixar um aviso para você.
José – Que aviso?
Anselmo – Se você continuar insistindo nisso, eu vou acabar te
matando, então é melhor você parar com isso.
José – Eu não vou parar, e para deixar bem claro, está para nascer
quem me ameaça de morte.
Anselmo – Isso que veremos.
Os dois se encaram e em seguida José se retira...
Leonardo – Eu não sei como ele descobriu meu nome e meu
reconheceu.
Anselmo – Eu falei para você não sair mais de casa e se mudar, e
agora estamos correndo risco, parabéns pela sua burrice.
Leonardo – Será que ele vai denunciar a gente?
(Pergunta o rapaz preocupado)
Anselmo – Eu não sei, eu preciso pensar numa forma de tirar esse
velho do meu caminho, antes que ele denuncie a gente.
(Diz o vilão pensativo)
Cena 002
// Rua // Noite
No carro de Flávia...
Flávia – Para o carro aqui, eu vou surpreender eles.
Dante – Não faz isso, não vai adiantar nada, você precisa agir com
calma, desse jeito não vai dar certo.
Flávia olha para Dante e diz...
Flávia – Eu sei o que estou fazendo, fica tranquilo, eu preciso
antes de mais nada saber como é ela.
Dante – Olha lá o que você vai fazer hein.
Flávia – Fica tranquilo Dante, nada vai dar errado.
Dante – Vou te esperar aqui.
Flávia – Ok, eu tenho que me aproximar dela, de qualquer jeito
isso tem que acontecer.
(Diz a vilã confiante)
Em seguida ela desce do carro...
Enquanto
isso...
Na porta do hotel...
Samara – Pode me deixar aqui Sandro, não precisa entrar.
Sandro – Foi tão bom passar esse tempo com você, eu me senti bem.
Samara – Foi mesmo, eu gostei, bom já esta tarde e vou subir.
Sandro – Então tchau Samara.
Eles se abraçam e em seguida se olham...
Sandro – Você é tão linda Samara, parece um anjo.
Samara – E você é gentil e educado, gosto de homens assim.
Em seguida se beijam...
De longe
Flávia vê tudo
Flávia – Eu vou estar no seu lugar, o Sandro vai voltar para mim e estou disposta a fazer qualquer coisa para isso acontecer.
Na porta
do hotel
Sandro – Desculpa, eu não queria que isso tivesse acontecido.
Samara – Mas aconteceu, cuidado na hora de voltar para casa
Sandro.
Sandro – Se cuida princesa...
Em seguida ele sai...
Nesse momento, Flávia se aproxima toda desarrumada e fingindo que
foi assaltada...
Flávia – Moça me ajuda, me ajuda, eles vão me pegar.
(Diz a vilã desesperada)
Cena 003
// Hotel // Noite
No quarto...
Samara – Entre, aqui no quarto dá para gente conversar melhor.
Flávia entra no quarto fingindo que está chorando...
Flávia – Obrigada moça, eu nem sei como te agradecer por isso.
(Diz a vilã fingindo que está chorando)
Samara – Me conta o que aconteceu, preciso saber direito para eu
poder te ajudar.
Flávia – Dois caras me renderam e levaram o meu dinheiro, tudo, e
ainda me bateram e quase me estupraram.
Samara – Meu Deus, você tem família
que eu posso ligar?
Flávia – Tenho, mas ele não está em casa, está viajando.
Samara – Eu vou descer lá em baixo para ver se tem táxi para te
levar para a casa.
Flávia – Muito obrigada moça, seu nome é?
Samara – Me chamo Samara, e o seu?
Flávia – Flávia, foi Deus que colocou você no meu caminho para me
ajudar.
Samara – Me espera aqui, vou descer lá em baixo.
A jovem se retira do quarto.
Enquanto
isso...
Flávia – Mais é muito trouxa mesmo, acreditou em mim, não posso
perder tempo, preciso descobrir mais coisa sobre ela.
A vilã pega a bolsa dela e abre, começa a procurar algo
comprometedor e não encontra nada.
Flávia – Droga, será que essa mulher não tem nada que eu posso
usar contra ela, que raiva.
Em seguida, ela mexe na mala dela e também não encontra nada.
Flávia – Pera aí, ah não ser que eu armo a mesma coisa que armei
para separar Maria e Eduardo, acredito que seja a melhor coisa, está decido vai
ser isso, dessa vez o Sandro vai voltar para mim, eu tenho certeza disso.
(Diz a vilã confiante)
Samara entra no quarto...
Samara – Flávia tem um homem chamado Dante lá em baixo, ele é
taxista e disse que vai te levar, já deixei pago para ele.
Flávia – Obrigada Samara, só Deus para te agradecer, foi muito bom
te conhecer.
Samara e Flávia e em seguida a vilã se retira...
Passam-se
alguns dias (Nesse meio tempo, Samara e Sandro começam a namorar, Gaby e Cleiton
continuam se encontrando)
Cena 004 //
Rua // Manhã
Na
praça...
Flávia aguarda Cleiton chegar para explicar a armação para separar
Sandro e Samara...
Cleiton chega...
Flávia – Achei que não vinha mais, estou cansada de esperar você.
Cleiton – Eu fiz isso de proposito, eu queria deixar você cansada
mesmo.
Flávia – Você só pode ter esquecido que eu sei do caso que você e
a Gaby tem.
Cleiton – Eu não esqueci, infelizmente. Apesar que agora eu e ela
assumimos que estamos juntos, acho que não precisa mais chantagear a gente.
Flávia – Precisa sim, e vocês dois vão ter que me ajudar, senão...
Cleiton – Senão o que? Hein, você perdeu Flávia, eu fui mais
esperto, não tem nenhum motivo que você me obrigue a participar desse seu
plano.
Flávia – Tem certeza Cleiton?
Cleiton – Sim, e muita ainda por cima, aceita a perder.
Flávia – Eu de você não cantava vitória, sabe por que?
Cleiton – Não sei, diga, eu quero saber disso agora.
Flávia mostra uma foto dele sabotando a moto de Sandro...
Flávia – Sandro vai gostar de saber, que o próprio amigo dele,
provocou o acidente dele.
Cleiton – Como você conseguiu isso?
Flávia – Não interessa, só interessa que você está nas minhas mãos
e vai ter que fazer o que eu mandar, se não quiser ser preso.
Cleiton – Desgraçada, você não presta mesmo.
Flávia – Quem não presta aqui é você, quase matou o Sandro, sorte
que ele sobreviveu.
Cleiton encara Flávia...
Flávia – Agora faça o favor de me obedecer, e fazer o que eu
mandar, está entendendo?
Cleiton – O que eu tenho que fazer?
Flávia – Coisa fácil, você dopará Samara e a levará para a cama,
enquanto isso Gaby vai atrair o Sandro até o local, entendeu?
Cleiton – Eu não vou fazer isso não, isso é um absurdo Flávia.
Flávia – Absurdo é o que você fez, tentativa de homicídio é crime,
sabia?
Cleiton – Claro que eu sei, eu não sou burro, quando eu tenho que
fazer isso?
Flávia – Hoje à noite, durante a festa no hotel, eu estarei
presente, agora preciso ir, está tudo certo?
Cleiton – Está, fique tranquila que hoje à noite o Sandro e Samara
não estarão mais juntos.
Flávia – Assim que eu gosto de ouvir.
Em seguida a vilã se retira...
Cleiton – Mulherzinha ardilosa essa Flávia hein, pelo amor de
Deus.
Cena 005
// Casa de Vera // Manhã
No quarto do casal...
Vera – Fiquei tão feliz do Sandro e Samara ter se acertado.
Adelino – Vê se agora não arma nada viu, deixa ele ser feliz
mulher.
Vera – Aquele dia eu só armei, porque eu não gosto da Flávia, por
isso armei.
Nesse
momento Sandro entra...
Sandro – Então foi a senhora que armou o roubo para eu pensar que
foi a Flávia.
Vera se vira assustada...
Vera – Não foi isso que você ouviu filho, eu posso explicar.
Sandro – Não se faça de burra, eu ouvi muito bem o que você disse.
(Grita o motociclista bravo)
Vera – Olha o jeito que você fala comigo, eu sou sua mãe.
Sandro – Como você teve a coragem de armar isso? Forjar um roubo
pra eu pensar que foi a Flávia que me roubou.
Vera – Eu fiz isso para te proteger você dela, filho ela não
presta.
Adelino – Calma Sandro, não precisa se exaltar.
Sandro – E você pai? Sabia disso e concordou com essa armação suja
dela.
Adelino – Eu fui contra, ela me obrigou a esconder isso Sandro,
acredita em mim.
Vera – Filho me perdoa, eu fiz isso por amor a você.
Sandro – Não me chama de filho, e não usa o amor para justificar o
que você fez, eu sofri e você é a responsável.
Vera – Me perdoa filho, tenta me entender.
(Diz a mulher chorando)
Sandro – Eu nunca vou te perdoar por isso, nunca mesmo e hoje
mesmo eu vou sair dessa casa, a partir de hoje eu não considero vocês como meus
pais.
Em seguida ele se retira...
Vera – Sandro, Sandro volte aqui filho, vamos conversar.
Adelino – Eu avisei que você não deveria ter feito isso, está
vendo o problema que você causou.
Vera – Eu fiz isso para proteger o nosso filho das mãos daquela
desgraçada, eu vou atrás dele.
Adelino – Deixa ele se acalmar, depois vocês conversam.
Vera se senta na cama e fica pensativa...
Cena 006
// Casa de Maria // Manhã
Maria está preparando o café da manhã, quando batem na porta...
Maria – Ué, quem será essas horas?
Ela vai até a porta e abre...
Maria – Eduardo, o que você está fazendo aqui?
Eduardo – Eu vim conversar com você, eu posso entrar?
Maria – Claro, entra, temos muito que conversar.
Eduardo – Muito não, eu vou direto ao assunto que me trouxe aqui
hoje.
Maria – Não precisa me responder desse jeito.
Maria e Eduardo ficam se olhando...
Maria – Diga o que te trouxe aqui, me ver não foi né.
Eduardo – Eu tenho uma proposta para você, e acho que vai ser
melhor para você, quando a criança nascer
Maria – Eu estou feliz por ser mãe, apesar que vou ser mãe
solteira.
Eduardo – Vai começar a soltar indiretas para mim? Se for começar
eu vou embora.
Maria – Não, mas se a carapuça serviu, não posso fazer nada.
Eduardo – Eu não vim brigar com você, eu vim apenas conversar,
civilizadamente.
Maria – Eu também não quero brigar, nosso filho não pode crescer
nesse ambiente de guerra.
Eduardo – Como eu estava dizendo, eu vou te pagar uma pensão todo
mês, quando a criança nascer, eu vou dar a devida assistência para a criança.
Maria – Como é que é?
Eduardo – Eu vou te pagar uma pensão, é o mínimo que eu posso
fazer.
Maria – Eu não acredito nisso, eu não quero pensão Eduardo, eu
quero que você cria essa criança junto comigo.
Eduardo – Impossível isso acontecer.
Maria se aproxima de Eduardo...
Maria – Não fala com a cabeça Eduardo, eu sei muito bem que você
me ama ainda, eu vejo isso nos seus olhos, não inventa desculpas para esconder
isso.
Eduardo – Não é desculpas, é a pura verdade, não chega perto de
mim.
Maria joga Eduardo no sofá e começa a beijar ele...
Cena 007
// Casa de Eduardo // Manhã
No portão...
Flávia está chegando e encontra Sandro no portão...
Flávia – Sandro, o que você está fazendo aqui?
(Pergunta a vilã surpresa)
Sandro – Eu desconfiei que você não estava em casa, por isso
esperei você.
Flávia – Aconteceu alguma coisa?
Sandro – Sim, e acredito que eu fui muito injusto com você.
Flávia – Não estou entendo Sandro.
Sandro – Eu descobri que você não me roubou, que tudo foi uma
armação da minha mãe.
Flávia dá um sorriso...
Flávia – Como você descobriu isso?
(Pergunta a vilã feliz)
Sandro – Eu entrei no quarto e ouvi ela mesmo dizendo, que armou
para separar a gente, você tinha razão o tempo todo, e eu não dei ouvidos a
você.
Flávia – Sua mãe nunca gostou de mim, isso ela deixou bem claro
desde quando a gente se conheceu.
Sandro – Eu só não imaginava que ela fosse tão má, a ponto de
armar um falso roubo, isso eu não me conformo.
Flávia – Sua mãe é muito pior do que eu imaginava, quem precisa de
inimigo tendo uma mãe desse jeito.
Sandro – Acho que você já sabe o que eu vim fazer aqui né.
Flávia – Veio reatar o namoro?
Sandro – Não, eu vim aqui pedi perdão por ter te acusado de roubo,
você me perdoa Flávia?
(Pergunta o motociclista arrependido)
FORMA-SE
UM TABULEIRO DE XADREZ EM FLÁVIA
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