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Abertura
Desejos Ocultos - Capítulo 002
Novela de Brunoh Franco
Cena 01 • Igreja / Escritório • Interior • Noite
Maura — Você está louca! Se fizer isso, você tem noção do escândalo que iria armar?
Silmara — Pois vocês tem até amanhã para me dar este cinco mil. Pra vocês pode parecer pouco, mas é o que eu preciso.
Maura — Tá bom. Eu vou te arrumar este dinheiro! Você volta para Angatuba e nunca mais dê as caras em Sorocaba!
Silmara — Vou sair pelos fundos! Eu ligo para vocês.
Silmara sai.
Maura — Seu banana! Um velho deste tamanho, ainda precisa da mamãezinha para ajudar! Olha a merda de mulher que você me arruma, Marcos! Da próxima, escolha alguém melhor.
Marcos — O que faremos? Vamos dar o cinco mil?
Maura — Não. Eu vou meter uma bala na testa daquela miserável. Nunca mais ela vai se meter com Maura Sant'Anna!
Marcos olha assustado para Maura.
Cena 02 • Casa de Laís • Interior • Dia
Instrumental Suspense
Laís entra em casa. Laércio está sentado na mesa. A casa está escura e frio.
Laércio — Foi pedir perdão, por ser tão malcriada?
Laís — Graças a Deus minha mãe me educou muito bem. Diferente de você, nunca fez nada que preste na vida, não será novidade se o Gui seguir o mesmo rumo que o pai. Um bêbado, vagabundo, preguiçoso.
Laércio se levanta e se aproxima de Laís.
Laércio — Você fala isso de mim, porque não tem pai. Ou melhor se soubesse quem seu pai era, você iria ver que ele não é diferente.
Laís — Meu pai morreu. Você sabe que ele sofreu acidente de carro.
Laércio — Você é muito nova, Laís. Tem muito o que aprender na vida. Você vai conhecer muito sobre as pessoas e ver que nem todo mundo é como você pensa. As pessoas mostram aquilo que elas querem que você veja.
Laís — Eu não sei do que você está falando.
Laércio — Mas vai saber. Um dia você vai saber.
Laís olha fundo nos olhos de Laércio e sai. Laércio senta na cadeira e leva seu pensamento longe. Ele vê sua pele ficar mais jovem e se vê no passado, anos atrás.
Flashback
Laércio está sentado em uma cadeira, há uma mesa enorme em sua frente. Afonso entra.
Afonso — Nós conseguimos fechar o negócio, Laércio!
Laércio — Isso é ótimo, meu amigo. Mas não vamos falar de negócios. A Sandra, filha dos patrões, a novinha, ela está chegando no país novamente. É sua chance.
Afonso — Eu sou um simples empresário, Laércio, o que ela iria ver em mim?
Laércio — Você tem razão. Infelizmente ela procura por homens grandes, sabe? Dizem que ela gosta de homem mais velho. Eu até teria chance com ela, mas vou deixá-la para você, meu amigo.
Afonso — Eu vou conquistá-la.
Em uma passagem de dias, Laércio vê Afonso e Sandra juntos. Restaurantes, shopping, parques... Ele olhando tudo de longe, desejando a mulher do melhor amigo.
Atualmente, Laércio está sentado na mesa de sua casa, se lembrando do passado. Lembrando que um dia teve tudo em sua vida, muito dinheiro, mas seu amor possessivo por Sandra falou mais alto.
Sandra sai do quarto.
Sandra — Pensando na vida?
Laércio — Pensando no Afonso.
Sandra — Esqueça isso, Laércio. Não vamos falar do Afonso nesta casa.
Laércio — Só estou pensando mesmo.
Laércio se levanta e sai andando. Sandra sai na janela e olha para o céu.
Sandra — Esteja aonde estiver, espero que esteja ardendo no inferno!
Cena 03 • Casa de Sérgio e Henrique • Interior • Noite
Instrumental Triste
Sérgio está tomando uma cerveja na mesa da cozinha. Henrique se aproxima e senta na cadeira.
Henrique — Me desculpe.
Sérgio — Eu que te peço desculpas, meu filho. Eu sei que errei bastante com você.
Henrique — Eu peguei pesado, pai. Às vezes eu tento entender, mas é difícil. É muita coisa para eu entender, decifrar.
Sérgio — Sua mãe, meu filho. Ela não queria nada, não queria nada sério, não queria uma vida correta. Ela ia abortar você, eu não deixei, quando soube que você era meu filho e isso foi comprovado em DNA, eu não pensei duas vezes em dar abrigo para ela, ajudá-la durante a gestação, e quando você nasceu, ela não quis vê-lo, não quis pegá-lo, ela simplesmente me deu você e sumiu do hospital, sumiu.
Henrique — Quem é essa mulher, pai? Qual o nome dela.
Sérgio — Ela era uma prostituta, filho.
Henrique começou a chorar.
Sérgio — Eu só sabia o nome dela como Tânia Furacão, era nome de guerra. Eu nem sei se o nome dela era Tânia, meu filho. Ela ficava na praça do canhão, foram duas noites. Duas noites o suficiente para você se formar dentro dela.
Henrique — (Chorando) Prostituta? A minha mãe era Prostituta? Eu fui feito pelo desejo da carne, pelo tesão de duas pessoas. Eu não fui planejado.
Sérgio — Foi com amor, meu filho. Da minha parte, sim. Eu gostava da Tânia, eu queria estar com ela. Mesmo sendo Prostituta, eu amei a sua mãe. Durante os nove meses que ela esteve aqui, eu amei. Mas ela não queria nada. Mas eu te fiz com amor e te amo, meu filho, eu te amo até hoje e sempre vou te amar.
Henrique — (Chorando) Eu vou sair, eu preciso andar e entender as coisas. Está muito difícil pra mim, pai... Muito difícil.
Henrique se levanta e sai.
Sérgio — Henrique, meu filho!
Cena 04 • Casarão de Marcos • Interior • Dia
Suspense Batucada
Maura está sentada no sofá, ela está lendo a Bíblia.
Maura — (Lendo) O sol se tornará em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e temível dia do Senhor. Joel 2:31
Marcos entra.
Marcos — É hoje, mãe.
Maura — Você está tenso, Marcos. Não deixe tanto na cara, meu filho. Tudo dará certo, Deus há de nos ajudar. Ele nos sustentou até hoje.
Marcos — Amém.
Maura — Está tudo certo para hoje à noite.
Ao som do instrumental, mostra imagens aéreas do por do sol, o dia indo embora e a noite chegando. Maura e Marcos estão dirigindo com o carro em uma rua de terra, escura.
Maura para o carro e desce. Ela vê Silmara parada, de costas para o farol do carro.
Maura — Você é inocente, Silmara.
Silmara se vira e olha para Maura.
Silmara — Inocente? Do que a senhora está falando?
Maura — Você chantageou uma pessoa, e ainda marcou de encontrar a pessoa em uma rua deserta e escura. E mais, ainda dá as costas.
Silmara — Não sou tão burra, Missionária Maura. Mas estou aqui, vim pegar meu dinheiro e vou ir embora.
Maura aponta a arma para Silmara.
Maura — Você pensou que seria fácil? Não, Silmara, as coisas não são fáceis para pobre. Por que seria para você?
Silmara — (Assustada) Dona Maura, eu só quero o dinheiro e ir embora.
Maura — Ué, irmã... Cadê aquela mulher durona que me enfrentou ontem? Morreu? Ah, não! Ela está aqui, viva! Por pouco tempo!
Maura dá um tiro no peito de Silmara. Silmara cai. Maura se aproxima dela.
Maura — Eu poderia deixar você viva, e depois fazer você remoer durante anos o motivo de ter levado um tiro. Mas eu acho melhor finalizar você aqui mesmo. Sabe, Silmara, a última vez que peguei em uma arma, foi para matar o chato do meu marido. Eu estava com saudades disso.
Maura atira várias vezes contra Silmara. Ela vê Silmara morrer aos poucos.
Maura — Venha, Marcos!
Marcos se aproxima.
Maura — Viu? É assim que nós, gente ruim, sangue ruim resolve as coisas.
Maura e Marcos olham para o corpo.
Maura — Confiemos naquele que diz: "Eu sou a ressurreição e a vida aquele que crê em mim, Ainda que esteja morto viverá"
Congelamento
Fim do Capítulo
Maura vai enganar Silmara 😳 Marcos sempre precisando da ajuda da mãe🤭 Laís confronta mesmo Laércio, mas ele disse uma verdade, Laís ainda vai ver que nem todo mundo diz o que é🤭 Laércio desejou Sandra a mulher do próprio amigo 😳😳 Sandra com raiva do Afonso 🤭 aí tem hein, Henrique descobriu que é a mãe era prostituta e que ele nasceu de um programa, imagino como foi a decepção que ele teve 😬 Maura matou Silmara 😳 que mulher fria, e ainda diz uma frase bíblica depois que matou, ela é louca, gente, tô amando a web ☺️👏👏 tá muito boa
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