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Escrita por Antônio Malta.
O INTERIOR DE MIM
ESCRITA E CRIADA POR ANTÔNIO MALTA.
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No capítulo anterior: Álvaro e Nuno continuam se aproximando e adquirindo intimidade; Os dois vão até
a casa do prefeito Otto procurar emprego, onde Alana reencontra o amor de
juventude; na volta casa, Álvaro encontra o pai dormindo bêbado num bar;
Percebendo o bem que Álvaro faz para sua filha doente, Otto o procura e oferece
dinheiro e um emprego com a condição de que ele case com Alana
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PARTE IV: PECADO DA CARNE
A integridade de Álvaro (Igor Cosso) o fez recusar a proposta
naquele momento. Otto (Antônio Calloni) saiu pela porta com um
"não".
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Jacinto Galvão (Ângelo Antônio) de um lado discutia com o filho e tentava
fazê-lo se vender como noivo de Alana (Giullia Buscaccio) em troca de dinheiro;
e do outro, Evangelina (Patrícia França) envolvia Álvaro num abraço e se dizia
orgulhosa do seu caráter.
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A tensão continuava no ar, me voltou aquela sensação de que a qualquer hora aconteceria
uma tragédia. Minha mãe (Cyria Coentro) terminou de preparar os queijos e fui
com Galvão ao centro levá-los aos distribuidores e me certificar que o dinheiro
da outra remessa chegaria até a fazenda, não iria parar nos bares. Durante o
retorno, amigos de copo de Jacinto o abordaram na rua e perguntavam se era
verdade que seu filho havia retornado a cidade, Logo a conversa deles mudou de
rumo e lembraram dos apelidos antigos de Álvaro: Menino-moça e coisas do tipo.
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Jacinto chutou a porta do casarão e foi furioso até o quarto do filho, onde o
segurou pelos braços e perguntou se ele recusara a proposta de casar com Alana
por não gostar de mulher. Álvaro permaneceu mudo, só negou com um movimento de
cabeça. Galvão não parecia convencido, puxou o filho pelo braço e o levou ao
carro.
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Cavalgando, segui Jacinto e Álvaro que pararam em frente a um bordel. O homem
berrava pra quem quisesse ouvir que trouxera o filho para se deitar com uma
prostituta, porque era macho e tinha necessidades.
Álvaro permanecia em estado de choque, não conseguia agir. Uma
mulher o levou até um quarto, os segui escondido. A "moça" deitou na
cama e ele ainda estava de pé, entrei no cômodo e tentei convencê-lo a ir
embora. Ele era um homem e não precisava provar isso fazendo sexo com mulher da
vida. Álvaro sentou na cama e disse que iria até o fim, iria fazer o que o pai
queria.
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Àquela frase me fez entender tudo, o medo e a raiva no olhar daquele garoto me
explicou tudo sem usar palavras. Álvaro não passou 8 anos em Maceió só pela
faculdade de medicina, ele fugiu de lá, fugiu dos apelidos ofensivos, fugiu dos
interrogatórios do pai, fugiu para se encontrar onde ninguém questionaria sua
sexualidade ou pediria provas da sua "heterossexualidade".
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A prostituta se levantou e trancou a porta, jogou a chave dentro do decote nos
seios e me olhou.
- já que nos atrapalhou, agora quero que você fique.
disse ela.
A mulher se aproximou de mim, abriu os dois primeiros botões da
minha camisa e beijou meu peito. Olhei para Álvaro que ainda estava sentado e
fez um gesto de confirmação com a cabeça. Já sabia o que ela queria e sentia o
que ele desejava.
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Álvaro levantou, tirava calmamente a camisa e a calça, enquanto aquela mulher
se ajoelhava em frente a mim. Minha braguilha foi aberta e fui liberado. Ela me
tocava enquanto eu admirava o corpo de Álvaro, se revelando nú.
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Levei a prostituta para a cama, eu e ele acariciávamos o corpo dela, ora ou
outra a mão dele escorregava e tocava meu corpo, da mesma forma que minha mão
pousou na coxa dele sem querer.
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Ela encaixou a cabeça no meio das pernas de Álvaro, cobriu todo o órgão dele
com a boca e lhe tirava gemidos de prazer. eu cheguei por trás.
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Já estava dentro daquela mulher, Mas permanecia olhando para Álvaro, ali de
olhos fechados, sendo engolido por ela. Trocamos de lugar, tinha chegado o
momento dele se provar. Me afastei um pouco, enquanto ele se unia àquela
mulher.
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No ambiente só se ouviam gemidos. vi a chave na cama e peguei, precisava ir
embora antes que fizesse mais alguma coisa que me arrependeria; Antes de sair,
olhei Álvaro nú de costas , fui me aproximando quase sem querer, o abracei
enquanto sentia aquele perfume natural, minhas mãos deslizavam lentamente pelo
peito dele, minha boca tocava seu pescoço e meu corpo ainda livre, pedia por
ele. O prazer tomava conta de nós, mas ainda existia algum juízo em mim. Me
vesti e sai do quarto.
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Cheguei no casarão e fui me deitar, mas tarde ouvi risos de Álvaro e Jacinto
que chegaram bêbados do bordel... A reconciliação veio através de bebida e
mulher da vida. Calado, notei ele entrando no quarto, a sombra na parede
revelava os movimentos que ele fazia, se aproximava de mim até ter seus lábios
próximo do meu ouvido e sussurrar:
- Nuno, eu lhe amo.
_________CONTINUA________
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