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Escrita por Pedro Gaze e Vitor Abou.
A Oitava Rainha
CAPÍTULO 002
CENA 01: PALÁCIO DOS
REIS, IMPÉRIO DE NOLA. NOITE. INT. PORTA CENTRAL
Comandante
Flávio chega ao Castelo de Nola. Ele entra. Rita aproxima-se dele.
RITA
- Boa noite, comandante Flávio. Como vai o senhor?
FLÁVIO - Sim. E com você,
Rita?
RITA
- Um pouco cansada, mas, de resto, tudo bem.
FLÁVIO - Rainha Isabella já foi se
deitar?
RITA
- Ainda não. Ela está no escritório, mas Rei Alexandre já está lá em cima.
FLÁVIO
- Posso ir até lá?
RITA - Ao escritório?
FLÁVIO - Sim.
RITA
- Pode sim. Vou à frente para anunciá-lo. Os dois entram.
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CENA
02: PALÁCIO DOS REIS, IMPÉRIO DE NOLA. NOITE. INT. ESCRITÓRIO
Rainha
Isabella sozinha, sentada em uma das mesas. O escritório é grande, há duas
mesas grandes, algumas poltronas e um armário de madeira, aparentemente antigo.
Rita entra.
ISABELLA
- Eu já não disse para você bater na porta antes de entrar, Rita?
RITA
- Desculpe majestade.
ISABELLA - O que você quer?
RITA - O comandante Flávio quer falar com vossa
majestade.
ISABELLA - Mande-o
entrar.
Rita sai. Flávio entra. Flávio beija a mão da rainha Isabella e senta-se a sua frente.
ISABELLA - Então,
comandante Flávio, conseguiu fazer o que lhe ordenei?
FLÁVIO - Sim,
rainha. Rei Jorge já está conversando com os santos.
ISABELLA
- Maravilha. Excelente trabalho.
FLÁVIO - Obrigado, rainha.
ISABELLA - Em
breve eu passo na central do exército para falar dos meus próximos passos.
FLÁVIO - Como
assim?
ISABELLA
- Contenha sua ansiedade. Já pode ir.
FLÁVIO - Está bem. Passar bem, rainha.
Flávio sai do escritório.
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CENA 03: STOCK SHOTS.
IMPÉRIO DE CICALA. DIA. EXT
Amanhece.
Campos do Império floridos e extensos. No fundo, alguns casebres.
SONOPLASTIA: Você
não me ensinou a te esquecer - Caetano Veloso
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CENA
04: PALÁCIO DOS REIS, IMPÉRIO DE CICALA. DIA. INT. QUARTO
DOS REIS
Cristina deitada em
sua cama, chorando muito.
Sonoplastia cessa.
CRISTINA
- Jorge, por que você me deixou? Por que logo ele, Deus? Logo o amor da minha
vida...
Batidas
na porta.
CRISTINA - Pode entrar.
Entra uma criada
CRIADA
- Bom dia, majestade. Desculpe lhe incomodar, mas como solicitado, a rainha
Adriana já chegou.
CRISTINA - Pode
pedir para ela subir, por favor.
CRIADA
- Majestade não prefere encontrá-la no escritório?
CRISTINA - Não, não precisa.
CRIADA
- Tudo bem. Solicitarei que a rainha Adriana ascender-se.
A
criada sai. Cristina levanta-se, pega a garrafa de vidro com água ao seu lado e
bebe um pouco.
Batidas na porta.
CRISTINA - Entre.
Adriana entra e abraça Cristina.
ADRIANA - Meus
pêsames. Assim que soube, logo vim.
CRISTINA
- Obrigada, Adriana. Precisava mesmo de um conforto.
ADRIANA
- Mas tudo vai ficar melhor, Cristina. Você precisa ser forte. Se Jorge
estivesse aqui, ele não gostaria de te ver assim, frágil. Seja forte.
CRISTINA - Preciso ser forte. Acho que quem matou Jorge quis mostrar um sinal, um aviso.
Pode significar que eu serei a próxima.
ADRIANA
- Concordo, por isso é necessário reforçar a segurança sua e do seu império.
CRISTINA
- Certamente. Vou solicitar mais soldados para cá. Mas tem mais uma coisa: acho
que vamos perder nossa força com a morte dele. Jorge tinha criado muitas
alianças, que podem ser retiradas agora.
ADRIANA
- Não, Cristina. Ninguém tirou as alianças pela morte dele. Acredito que eles
vão lhe apoiar ainda mais.
CRISTINA
- Pode ser, mas agora quero focar na investigação de quem matara o Jorge. Essa
pessoa precisa pagar.
ADRIANA
– Sabemos que essa pessoa não pode sair impune.
CRISTINA - Não mesmo.
ZOOM
em Cristina.
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CENA 05: IMPÉRIO DE
LUMBER. DIA. EXT
Vários
homens com armaduras montados em cavalos em alta velocidade, com bandeiras
vermelhas. Do outro lado, vários outros homens, com bandeiras azuis, e mais
armas.
Sonoplastia:
Tiros
Os homens de azul
colocam fogo em várias casas ao redor. Muitos mortos caídos no chão.
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CENA 06: CASA DE
ROSA, IMPÉRIO DE NOLA. DIA. INT. QUARTO
Rosa
deitada na cama, adoentada. Dr. Borges ao seu lado, sentado em uma cadeira. Isabella
chega.
DR. BORGES - Que
bom que vossa majestade chegou.
ISABELLA
- Bom dia para o senhor também, doutor Borges. O que houve?
ROSA - Minha filha,
eu estou muito mal.
ISABELLA
- E por que você não está fazendo seu trabalho, doutor? Eu já não mandei
acelerar o tratamento?
DR.
BORGES - Desculpe rainha. Posso conversar com
a majestade ali fora.
ISABELLA
- Desde que seja breve.
DR. BORGES
- Serei.
Dr.
Borges e Isabella saem.
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CENA 07: CASA DE ROSA,
IMPÉRIO DE NOLA. DIA. INT. CORREDOR
Dr. Borges e Isabella no corredor.
DR.
BORGES - Rainha Isabella, eu já tentei de tudo pela senhora Rosa, mas parece
que agora a única questão é o tempo.
ISABELLA - Doutor,
quanto tempo mais ela tem de vida?
DR.
BORGES - Um ou dois meses, no máximo, mas o estado dela será esse mesmo.
ISABELLA
- Esse qual? De lerdeza e cara de múmia?
DR. BORGES - Bem, sim.
ISABELLA
- Doutor, que eu pago o dobro do que eu lhe pagaria caso o senhor acelere a
morte dela.
DR.
BORGES - Como assim, rainha? Isso é contra os princípios médicos.
ISABELLA
- E quem liga para princípios médicos, doutor Borges? Francamente!
DR.
BORGES - Eu aceito, mas o doutor Amaro não pode saber disso.
ISABELLA
- Claro. Nada acontecerá. Ela simplesmente terá uma piora inesperada.
DR. BORGES - Tudo
bem. Só irei esperar por alguns dias.
ISABELLA
- Entendo. Nada de deixar rastros. Caso alguém fique sabendo disso,
considere-se falando com Deus.
DR. BORGES -
(assustado) Pode deixar.
ISABELLA
- Depois mando entregarem o dinheiro. Passar bem;
DR. BORGES - Tenha um bom
dia, majestade.
Isabella sai.
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CENA
08: PALÁCIO DOS REIS, IMPÉRIO DE CICALA. DIA. INT. QUARTO
Adriana sentada em
uma poltrona, ao lado de Cristina.
CRISTINA
- Adriana, outra coisa que me preocupa é em relação a minha segurança. Eles
mataram o Jorge. Será que é um
sinal, um aviso para mim?
ADRIANA
- É triste dizer, mas creio que tenha sido um sinal mesmo.
CRISTINA
- Concordo. Vou aumentar a segurança no castelo e aqui no Império de Cicala.
Não vou admitir que matem mais inocentes aqui.
ADRIANA
- Falando de morte de inocentes, e o caso de
Lumber e Yeana?
CRISTINA
- Eu agendei meu discurso sobre a guerra ainda hoje. Porém, antes, quero
iniciar as investigações da morte do
Jorge. Quem fez isso, irá pagar. Quero começar com os criados.
ADRIANA
- Com certeza. Quer que eu lhe ajude nas perguntas aos criados?
CRISTINA
- Ah, seria ótimo. Obrigada, Adriana. Cristina abraça Adriana.
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CENA 09: SEDE DO
CONSELHO DOS IMPÉRIOS.DIA. INT. SALA DE REUNIÕES
Cristina entra.
Rainha Sônia, do Império Fagrico, está lá.
SÔNIA – Boa tarde,
Cristina. Desculpe lhe chamar antes de seu discurso, mas eu gostaria da ajuda
do CI.
CRISTINA – Sem
problemas, Sônia. Mas que tipo de ajuda?
SÔNIA – Financeira.
Fagrico lucra bastante com o algodão, e estamos passando por uma crise
financeira, relacionada aos preços e consequentemente ao algodão.
CRISTINA – Bem,
Sônia, o problema da crise financeira afetara muitos impérios, por isso, acho
melhor marcar uma reunião com os membros do CI, então poderemos discutir
medidas para amenizar essa crise.
SÔNIA – Ah, fico
agradecida, Cristina.
CRISTINA – Vou
aproveitar e anunciar hoje mesmo no discurso essa reunião para ocorrer daqui a
4 dias, no dia 6.
SÔNIA
– Ótimo. Muito obrigada. Sônia cumprimenta Cristina.
CRISTINA – Não precisa agradecer, é meu papel.
SÔNIA – E meus pêsames
pela morte de Jorge.
CRISTINA – Obrigada.
Cristina e Sônia
saem.
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CENA
10: PALÁCIO DOS REIS, IMPÉRIO DE CICALA. DIA. INT. ESCRITÓRIO
Cristina
sentada em uma cadeira, ao lado de Adriana. Entra uma criada (alta, cabelo
ruivo, magra, 26 anos).
CRISTINA
- Bom dia, querida.
CRIADA - Bom dia, rainha
Cristina.
CRISTINA - Você é a Analice
Boyne?
CRIADA - Sim.
CRISTINA
- Analice, onde você estava na noite de ontem?
CRIADA - Eu estava trabalhando
aqui no palácio, rainha.
CRISTINA
- Você chegou a ver alguém entrando antes da morte do rei Jorge?
CRIADA
- Não, rainha. Eu estava na cozinha à noite inteira ontem.
CRISTINA
- Tudo bem, obrigada. Já pode ir.
CRIADA - Com licença.
A criada sai.
ADRIANA
- Será bem difícil, Cristina.
CRISTINA -
Mas eu nunca achei que seria fácil, principalmente,
por ter que investigar a morte do Jorge, o meu amor.
Corta para:
CENA 11: PALÁCIO DOS
REIS, IMPÉRIO DE NOLA. NOITE. INT. ESCRITÓRIO
Isabella
sentada em frente a uma das mesas do escritório.
Batidas na porta.
ISABELLA
- Pode entrar! Rita entra.
RITA
- Com licença, rainha Isabella. A Rainha Patrícia, de Lumber, chegou para a
reunião.
ISABELLA
- Peça para que ela entre, Rita.
RITA - Sim, majestade.
Rita
sai.
Patrícia entra, cumprimenta Isabella e senta-se a sua frente.
PATRÍCIA
- Tudo bem, rainha Isabella? Ficou sabendo da morte do rei Jorge, de Cicala
ISABELLA - Rei
Jorge morreu? Não fui avisada.
PATRÍCIA
- Sim, morreu. Acredito que Cristina deva se pronunciar ainda hoje sobre isso. Parece que ele foi assassinado dentro da própria casa.
ISABELLA
- Realmente, os malfeitores andam invadindo os nossos impérios. Deplorável!
PATRÍCIA
- Exatamente, mas vamos falar do que me trouxe aqui: a guerra entre Lumber e
Yeana.
ISABELLA
- Então, rainha Patrícia, eu estou disposta a apoiar Lumber na guerra,
dando-lhe tropas e finanças.
PATRÍCIA
- Entendo e agradeço, mas por que apoiar Lumber, e não Yeana?
ISABELLA
- Tenho minhas rivalidades com a Márcia e principalmente com a Cristina, que
sempre apoiou Yeana.
PATRÍCIA
- Sim. Calma. Isabella, você tem algo a ver com a morte do Rei Jorge
ISABELLA
- Eu? Claro que não, Patrícia. Meu problema é com Cristina, não com o Jorge.
PATRÍCIA
- Ah, desculpe. Então, esse apoio realmente seria ótimo para as duas partes,
pois Lumber conseguiria aumentar o território...
ISABELLA
- E Nola aumentaria a rivalidade e a quantidade de problemas da Cristina. (ri)
PATRÍCIA
- Obrigada pela ajuda, Isabella. Temos que parar
Yeana e acelerar nossa conquista de terras dos outros impérios.
ISABELLA
- Sim. De nada. É um prazer para eu detonar
Cristina.
Isabella
e Patrícia rindo.
Corta para:
CENA 12: SEDE DO
CONSELHO DOS IMPÉRIOS. DIA. INT. SALÃO DE CONVENÇÕES
O
salão está cheio. Conselheiro José vai ao centro do palco.
JOSÉ
- Boa tarde a todos os presentes aqui hoje, representantes dos impérios ou
moradores. Hoje a rainha Cristina, líder do Conselho dos Impérios, irá fazer
seu discurso sobre a Guerra entre os impérios de Lumber e Yeana, e também a
respeito do assassinato do seu esposo, Rei Jorge.
Todos aplaudem.
Cristina sobe no palco.
CRISTINA - Boa tarde. Nesse dia muito difícil, após a morte do Jorge ontem, por uma pessoa
cruel, sem coração e encorajadora da violência em nossos impérios, venho aqui
discursar brevemente, pois não tenho muitas condições de falar muito, a
respeito de Jorge e da guerra entre Lumber e
Yeana. Começando pelo meu amor, declaro que quem fez isso ao Jorge, não passará
impune. Eu mesma estou liderando as investigações e farei questão de exigir uma
punição a essa pessoa. Quanto à guerra, declaro a intervenção do CI na mesma,
pois a morte de mais de 135 mil pessoas não vale por uma disputa de territórios. Grande parte dessas pessoas é
de inocentes, que não estavam nem um pouco ligados a esse conflito. Muito
injusto com os mesmos. O CI enviará 15 mil soldados
para a área, com o objetivo de retirar os causadores das guerras. Bem, é isso!
Obrigada a todos. Deus abençoe Vossa Majestade!
Silêncio.
Cristina sai do palco, chorando. Conselheiro José a abraça.
Corta para:
CENA
13: PALÁCIO DOS REINOS, IMPÉRIO DE TROLVAS. NOITE. INT.
QUARTO DOS REIS
Rainha
Joanna deitada em sua cama. Carlos, um criado, entra.
JOANNA
- O que você está fazendo aqui, Carlos? O Duarte pode chegar a qualquer
momento.
CARLOS
- Vim falar com você melhor, sem ninguém para nos atrapalhar.
JOANNA
- O que você tem a falar comigo?
CARLOS
- Quero o preço do meu silêncio.
JOANNA - Carlos, já lhe disse que não pagarei nada pelo seu silêncio. Você deveria se sentir
honrado por ter se deitado comigo.
CARLOS
- Sinto-me honrado, mas o meu soldo é muito pouco, rainha. Mereço um aumento.
JOANNA
- Se eu aumentar o seu soldo, Duarte e os outros
criados vãos desconfiar.
CARLOS - Então me pague.
JOANNA - Desista, Carlos. Não lhe darei dinheiro.
CARLOS - Não precisa
ser dinheiro.
Carlos beija Joanna,
ela o empurra.
JOANNA
- Foi só aquele dia. Não acontecerá novamente,
Carlos.
CARLOS
- Ah, então, Rei Duarte não ficará chateado
se souber.
JOANNA
- Está bem. Vou aumentar seu soldo, mas nada de espalhar com a criadagem.
CARLOS
- Sim. Obrigado, rainha. Carlos rouba um
beijo de Joanna e sai.
Corta para:
CENA 14: CEMITÉRIO,
IMPÉRIO DE CICALA. DIA. EXT
Homens
enterrando o caixão. Várias pessoas ao redor, incluindo todos os reis e rainhas
do CI. Cristina chorando, abraçada com rainha Adriana.
ADRIANA
- (para Cristina) Força, Cristina. Tudo irá melhorar para você.
CRISTINA - (para
Adriana) Com certeza.
CRISTINA
- (para todos) Gostaria de pedir um aplauso especial ao Jorge, pelo incrível
homem e rei que ele foi.
Todos
aplaudem, e depois, começam a sair, vagarosamente. Isabella aproxima-se de
Cristina.
ISABELLA
- Meus pêsames, Cristina. Jorge era um homem muito bondoso.
CRISTINA - (encara Isabella) Isabella, se eu descobrir que você tem envolvimento na morte do
Jorge, eu juro que terei o prazer
de fazer o mesmo com você.
ISABELLA
- (assustada) Isso é uma acusação, Cristina? E uma ameaça também
CRISTINA
- Não, Isabella. É um aviso! Cristina sai. Isabella paralisada, assustada.
Corta para:
CENA 15: PALÁCIO DOS
REIS, IMPÉRIO DE CICALA. DIA. INT. PORTA PRINCIPAL
Cristina entra.
Uma criada está ao lado da porta.
CRIADA
- Boa tarde, rainha. Os seguranças estão no escritório, a sua espera. Eles têm
atualizações sobre o assassinato do Rei Jorge.
CRISTINA
- Obrigada. Cristina vai ao escritório.
Corta para:
CENA 16: PALÁCIO DOS
REIS, IMPÉRIO DE CICALA. DIA. INT. ESCRITÓRIO
Dois
seguranças (altos, magros, cabelo grisalho, 40 e 45 anos) estão sentados.
Cristina entra.
CRISTINA
- Boa tarde. Desculpe a demora. Não sabia que estavam aqui.
SEGURANÇA
1 - Tudo bem, majestade.
CRISTINA - Serei direta: qual a novidade?
SEGURANÇA 2 - Ontem à noite nós vimos um homem estranho, com uma roupa que parecia ser
de exército entrando pelos portões
da zona leste do castelo
CRISTINA
- Mas quem autorizou a sua entrada?
SEGURANÇA 1 - Uma criada.
CRISTINA
– Ah, entendi. Pode me fazer um favor? Chame esta criada aqui no escritório. Já
podem ir.
SEGURANÇA
2 – Sim, majestade. Com licença. Os seguranças saem.
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CENA 17: SEDE DO CONSELHO DOS IMPÉRIOS. DIA.
INT. SALA DO CONSELHEIRO JOSÉ
Sala pequena, com uma
pequena mesa. Em uma das cadeiras, sentado o conselheiro José. Batidas na
porta.
JOSÉ – Pode entrar. Isabella entra.
JOSÉ
– Olá, rainha Isabella. A que devo a sua visita? Isabella senta-se.
ISABELLA – Boa
tarde, conselheiro José. Eu vim falar a respeito da rainha Cristina. Ela não
está mais apta para permanecer como líder do CI.
JOSÉ – Por que,
rainha Isabella?
ISABELLA – Depois da
morte do Rei Jorge, os impérios, certamente, ficara afetados se forem liderados
por uma rainha depressiva e emotiva.
JOSÉ – O que
vossa majestade sugere?
ISABELLA – Uma nova
escolha da líder do CI e o afastamento do Império de Cicala do Conselho.
JOSÉ – São sugestões
seríssimas, rainha Isabella. Tem certeza?
ISABELLA –
Absoluta.
JOSÉ – Conversarei
com os demais conselheiros e chegaremos a uma decisão.
ISABELLA – Obrigada. Passar bem.
Isabella sai.
Corta para:
CENA
18: PALÁCIO DOS REIS, IMPÉRIO DE CICALA. DIA. INT. ESCRITÓRIO
Uma criada entra.
CRIADA
– Boa tarde, rainha. Quer alguma coisa?
CRISTINA – Não, só conversar mesmo.
Está bem?
CRIADA – Sim, pode falar.
CRISTINA – Então,
por que você autorizou a entrada de um homem estranho aqui ontem à noite?
CRIADA
– Rainha Cristina, eu só deixei-o entrar, pois, mais cedo, a Rita, prima minha,
que é criada da Rainha Isabella, pediu.
CRISTINA – Por
que ela fez esse pedido?
CRIADA – Ela me
disse que o homem entregaria alguns legumes.
CRISTINA – Entendi,
mas pelo que eu me lembre, ontem não era dia de recebimento de legumes, ainda
mais tarde da noite.
CRIADA – Ah, rainha,
me desculpe. Eu sou nova aqui, então não sabia.
CRISTINA
– Compreendo. Pode ir já.
CRIADA – Eu vou perder meu emprego?
CRISTINA – Não.
Vá tranquila.
CRIADA – Obrigada, majestade. Com licença.
A criada sai.
Corta para:
CENA 19: STOCK SHOTS. IMPÉRIO
DE CICALA. NOITE.. EXT*
Escurece. Os
trabalhadores entram em suas casas.
SONOPLASTIA:
No escuro – Pitty
Corta para:
CENA 20:PALÁCIO DOS
REIS, IMPÉRIO DE CICALA. NOITE. INT. ESCRITÓRIO
Cristina
sentada em frente à mesa. Batidas na porta.
CRISTINA
– Entre!
Uma criada entra.
CRIADA – Boa noite,
rainha. Tenho um recado do conselheiro José, do CI. Ele pediu para lhe avisar
que a rainha Isabella, de Nola, alegou que vossa majestade não é apta para
liderar o CI e solicitou o seu afastamento.
CRISTINA – Ah,
Isabella... Ela faz de tudo para me derrubar. Mas obrigada. Pode ir.
A criada sai.
Cristina
pega uma folha, uma pena e começa a escrever.
ZOOM na folha.
CRISTINA – (lendo o que escreve) Majestade Rainha Isabella, venho por meia
desta lhe questionar por que os criados de vossa majestade estavam no
território de Cicala ontem à noite,
justamente quando Rei Jorge foi assassinado. Majestade usufrui 24 horas para responder. Caso
contrário, tomarei sérias providências. Também gostaria de conversar
pessoalmente com majestade a respeito de queixas suas a respeito de meu estado
emocional. Atenciosamente, Rainha Cristina, de Cicala, líder do Conselho dos
Impérios.
CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO...
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