Sérgio Buarque de Holanda nasceu em São Paulo, no dia 11 de julho de 1902. Era filho de Cristóvão Buarque de Holanda e Heloísa Gonçalves Moreira Buarque de Holanda. Foi aluno da Escola Caetano de Campos, do Ginásio São Bento e da Faculdade de Direito da Universidade do Rio de janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Rio de Janeiro. Em 1921, Sérgio mudou-se com a família, para o Rio de Janeiro. Em 1922 participou do Movimento Modernista, como correspondente da cidade do Rio de Janeiro, para a revista Klaxon, publicação mensal dedicada à propagação das ideias modernistas.
Jornalista
Em 1925, Sérgio Buarque concluiu o curso de Direito. Em 1926, muda-se para Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, para assumir o cargo de diretor do jornal O Progresso. Em 1927 voltou a residir no Rio de Janeiro e passou a escrever para o Jornal do Brasil. Entre 1929 e 1930, foi correspondente dos Diários Associados em Berlim. De volta ao Brasil, passou a lecionar História Moderna e Contemporânea, na Universidade do Rio de Janeiro.
Raízes do Brasil
Em 1936, Sérgio Buarque publicou seu primeiro livro, “Raízes do Brasil”, onde faz uma revisão da história do Brasil e destaca as mazelas da vida social e política do país. Na obra, Sérgio Buarque buscou na história colonial as origens dos problemas nacionais. O Brasil Colônia é visto com pouca organização social, o que desencadeou a frequente violência e o domínio personalista.
Sérgio Buarque desenvolveu a teses, lançada por Ribeiro Couto, que identificava o brasileiro como “homem cordial”, isto é, aquele que age pelo coração e pelo sentimentalismo, preferindo as relações pessoais ao cumprimento de leis objetivas e imparciais. O livro é considerado um dos mais importantes clássicos da historiografia e da sociologia no Brasil.
Cargos públicos e professor
Sérgio Buarque de Holanda assumiu em 1939, a direção da Seção de Publicações, do Instituto Nacional do Livro. Em 1941 foi para os Estados Unidos, como professor visitante em várias universidades. De volta ao Brasil, em 1946, assumiu a direção do Museu Paulista, na vaga deixada pelo seu antigo professor Afonso E. Taunay.
Entre 1953 e 1955 passou a residir em Roma com a família, onde assumiu a cátedra da cadeira de Estudos Brasileiros na Universidade de Roma. Em 1958, Sérgio Buarque entrou para a Academia Paulista de Letras. Em 1962 foi eleito primeiro diretor do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. Entre 1963 e 1967 foi professor convidado de universidades do Chile e dos Estados Unidos.
Prêmios
- Prêmio Edgard Cavalheiro do Instituto Nacional do Livro (1957)
- Prêmio Juca Pato, da União Brasileira de Escritores (1979)
- Prêmio Jabuti de Literatura, da Câmara Brasileira do Livro (1980)
Família
Sérgio Buarque foi casado com Maria Amélia de Carvalho Cesário Alvim, com quem teve sete filhos, entre eles os músicos Chico Buarque de Holanda, Cristina Buarque e Heloísa Maria (Miúcha).
Sérgio Buarque de Holanda faleceu em São Paulo, no dia 24 de abril de 1982.
Obras de Sérgio Buarque
- Raízes do Brasil (1936)
- Cobra de Vidro (1944)
- Monções (1945)
- Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Colonial (1952)
- Caminhos e Fronteiras (1957)
- Visão do Paraíso (1959)
- Do Império à República (1972)
- Tentativas de Mitologia (1979)
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E assim a gente encerra mais uma edição da coluna "Minha Biografia", até semana que vem com a última edição dessa temporada.
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