Vida - Cap 084

Imagem
  Logotipo da web novela (Foto: Divulgação) Produção Original MF Criada e escrita por Patrícia Santos Capítulo 084 Luís aceita o dinheiro de Hugo e manda Salgueiro descobrir onde Olavo está escondido. Marcos desabafa com Monalisa. Vanessa sofre pelo fim de seu namoro com Jeremias. Suzana e Max passeiam juntos e vão para a ONG. Salgueiro descobre onde Olavo está escondido e conta para Luís. Tatiane brinca com Ramon e promete para o filho que eles vão conseguir sair da casa de Luís. Diogo questiona Dayse pela raiva que ela sente de Eduarda. Sandro transa com algumas prostitutas. Maria discute com Antônio por ele ter chamado apenas Daniel para trabalhar na empresa. Daniel conversa com Joana sobre a proposta que recebeu de Antônio. Luís avisa Hugo sobre o esconderijo de Olavo. Marcos convida Monalisa ir até a casa dele e ela aceita. Terezinha deixa um celular para Olavo ligar para ela quando precisar. Lázaro aconselha Jeremias a voltar com Vanessa. Mônica tenta convencer Nayara a denunciar

Marcas da Vida - Cap 061 #PenúltimoCapítulo

 

Logotipo da web novela (Foto: Divulgação)

Produção Original MF

Escrita e criada por Daniel Augusto.

Marcas da Vida 

Capítulo 061

Cena 001 // Hospital Beneficência Portuguesa // Consultório de Ulisses // Interior // Manhã


(Instrumental tensão)


Karine e Ulisses estão assustados, após Fernando flagrar o beijo deles.


Karine: Fernando, eu, eu não esperava que você já tivesse alta. 


Fernando: Nem eu, mas eu não aguentava mais ficar naquele quarto, então um outro médico foi me avaliar e autorizou que eu andasse pelo hospital, eu só não esperava encontrar o que eu encontrei. 


Diz ele encarando Karine e Ulisses


Ulisses: Calma, pelo que eu sei vocês dois não estão mais juntos e ela é uma mulher livre. 


Fernando: É verdade, eu e Karine não estamos mais juntos, nosso casamento não foi o que ela queria, foi forçado. 


Karine: Eu já estou sabendo do que aconteceu no passado, você já desconfiava que Mercedes enganou a gente sobre o Matheus não ser seu filho?


(Instrumental tristeza)


Fernando: Eu sempre soube que o Matheus não era o meu filho, e eu descobri pouco tempo depois que a gente se casou Karine. 


Karine: Perai, então você sabia e escondeu isso de mim?


Questiona a socialite quase chorando. 


Fernando: Sim, eu passei o casamento inteiro escondendo isso de você, por uma única razão. 


Ulisses: Que razão Fernando? Se você sabia que o Matheus não é seu filho, porque escondeu dela hein?


Fernando: Medo de perder o Matheus, a Karine, eu fiz isso pra te proteger Karine, a sua mãe é uma cobra, se eu tivesse desistido de cuidar do Matheus, ela poderia sumir com a criança, ela jurou isso a mim. 


Karine: Você não deveria ter feito isso comigo Fernando, você sempre me cobrou postura de mulher, mas escondeu de mim a verdade. 


Ela começa a chorar. 


Fernando: Eu fiz por amor a você e ao Matheus, tenta entender. 


Karine: Você nunca amou o Matheus, sempre humilhou ele, brigou com ele, o que você sente pelo Matheus é desprezo, você se viu obrigado a cuidar de um filho que não é seu. 


Fernando: Eu fiz o que fiz, foi por amor, qualquer pai faria isso no meu lugar. 


Ulisses: Qualquer pai não, você descontou nele tudo isso que a Karine disse. 


Karine: Eu não sei o que te dizer Fernando, eu achava que as brigas de você e o Matheus fossem por ele não ter rumo na vida, agora descubro que não. 


Ela se senta na cadeira e chora. 


Fernando: Você está enganada Karine, eu sempre me importei com a educação dele.


Karine: Eu enganada? Fernando, pelo amor de Deus. 


Ulisses: Se acalma Karine, depois vocês conversam sobre isso. 


Karine: Não tem conversa nenhuma, eu e o Fernando não temos mais nada, eu te amei muito, muito mesmo Fernando, até fiz coisas por você, me humilhei, mas acabou, agora estou com Ulisses, a pessoa que eu gosto e amo. 


Fernando: Fomos felizes, eu reconheço, mas eu não te amei como merecia, e peço perdão por isso, eu só quero que seja feliz Karine, e não conte isso ao Matheus. 


Karine: Eu vou contar sim, ele tem que saber quem é o verdadeiro pai dele. 


Ulisses: Eu sou o pai biológico dele, e ele merece saber disso.


Afirma o médico. 


Fernando: Vocês estão malucos, quer causar mais discórdia na família Karine?


Karine: A culpa foi sua Fernando, sua e da minha mãe, que esconderam isso de mim, agora vai aguentar as consequências. 


Ela sai nervosa do consultório e Ulisses vai atrás dela. 


Fernando: Inferno, droga, isso não deveria ter acontecido, não deveria.


Diz o empresário preocupado.


Cena 002 // Hospital Beneficiência Portuguesa // Lanchonete // Interior // Manhã


(Ao fundo toca a música “Set Fire To The Rain (Adele)”


Matheus e Julia estão tomando café da manhã na lanchonete.


Matheus: Eu estou muito feliz que vou ser pai de gêmeos, não dá nem pra acreditar, que logo vou estar segurando duas crianças. 


Julia: E eu cuidando deles, eu não esperava, não esperava mesmo.


Ela passa a mão na barriga dela. 


Matheus: Depois de tudo que passamos juntos, vamos finalmente ser felizes. 


Julia: É o que mais quero amor, ser feliz ao seu lado, para sempre. eu te amo. 


Os dois se beijam. 


Matheus: Eu já quero escolher o nome deles, pro menino eu pensei agora que poderia ser Bento, o que acha?


Julia: Gostei, já que escolheu pro menino, eu escolho pra menina, vai se chamar Yasmim, gosto tanto desse nome. 


Matheus: Gostei amor, acho que estamos de acordo com os nomes. 


Julia: Estamos sim, obrigada amor, por me fazer a mulher mais feliz do mundo, por sempre estar do meu lado, te agradeço muito mesmo, de coração. 


Ela pega na mão dele. 


Matheus: Eu sempre te quis, sempre. 


Julia: E pra sempre seremos felizes, eu, você e os nossos filhos. 


Matheus: A minha família. 


Eles se beijam novamente. 


(Com a mesma música mostra um pouco da cidade)


Cena 003 // Mansão dos Pedreiras // Sala // Interior // Manhã


(Instrumental Wagner)


Wagner continua apreensivo e encarando a tia. 


Wagner: Eu não matei ninguém, nem sabia que o filho bandido da Meire foi morto, a senhora deve estar esclerosada, só pode. 


Maria: Eu tô muito bem da cabeça e sei que foi você que matou ele, não minta pra mim Wagner. 


Grita nervosa a irmã de Suzana. 


Wagner: Eu estou falando a verdade, agora se não quer acreditar em mim, isso é problema seu. 


Maria; Você é o único que tinha interesse de acabar com a família da Meire, acha que eu não sei? 


Wagner: Acabar, eu até quero, mas acho que alguém, além de mim, quer isso também. 


Maria: Para de mentir pra mim e fala logo a verdade. 


Ela chega perto do sobrinho e começa a bater nele.


Maria: Assassino, desgraçado, eu não te criei pra isso. 


Wagner segura os braços dela e dá um tapa na cara da tia. 


Wagner: Eu não matei ninguém, se tem um assassino a solta, esse assassino não sou eu, eu já falei.


Maria: Você é um covarde, um desgraçado, eu errei contigo, eu deveria ter te educado melhor, olha pra quem você se tornou, um bandido. 


Diz ela chorando. 


Wagner: Não tia, a educação que eu tive foi da vida, e se eu consegui tudo isso, foi porque eu mereço, eu fui vítima da Meire, ela matou a minha mãe, ou já esqueceu desse fato?


Maria: Ela errou em ter matado a minha irmã, mas você fez coisa bem pior que ela e você sabe disso. 


Wagner: Eu vou tomar café, melhor do que ficar aqui perdendo tempo como uma velha esclerosada feito você. 


Ele se retira da sala e vai para a cozinha. 


Maria: A sua hora vai chegar Wagner, pode apostar que vai. 


Afirma a irmã de Suzana nervosa.


Cena 004 // Casa de Ernesto e Dalva // Sala // Interior // Manhã


Dalva está limpando a sala e alguém bate na porta. Ela para o que está fazendo e vai atender, ao abrir ela vê que é o delegado. 


Delegado Carvalho: Bom dia dona Dalva, eu posso falar com a senhora?


Dalva: Bom dia, sobre o que quer falar comigo?


Delegado Carvalho: Sobre o assassinato de Gustavo Pedreira, a polícia sabe que ele matou o Ernesto marido da senhora e pai de Larissa. 


Dalva: Matou sim e de uma forma bem cruel. 


Delegado Carvalho: Eu lamento pelo ocorrido e sinto muito por ele não pagar em vida o que fez com a família da senhora. 


Dalva: O castigo ele teve, alguém o matou, resta saber quem o matou. 


Delegado Carvalho: É por isso que estou aqui, a polícia está investigando o caso e vamos ouvir todos que são ou foram próximos dele, e eu preciso saber de uma coisa, onde esteve ontem a noite? Na hora do assassinato dele? 


Dalva fica tensa e apreensiva. 


Dalva: Bom, eu estava na missa, um grupo de senhora e estudantes passaram aqui acho que ontem de manhã, ai eles me convidaram para a missa. 


Delegado Carvalho: E que igreja você estava? 


Dalva: A paróquia aqui do bairro mesmo.


O delegado anota tudo que Dalva disse. 


Delegado Carvalho: Bom, acho que era isso mesmo que eu queria saber e sua filha, ela está em casa?


Dalva: Não, ela saiu com o namorado dela, e não sei a hora que vão voltar. 


Delegado Carvalho: Compreendo, então diga a ela pra ir até a delegacia, precisamos ouvir ela também, muito obrigado pela atenção, tenha um bom dia dona Dalva.


Dalva: Um bom dia pra você também. 


Ela fecha a porta e respira aliviada. 


(Imagens aéreas da lagoa do Taquaral)


Cena 005 // Parque Taquaral // Manhã


(Ao fundo toca instrumental Ninguém Mais - Rosa de Saron)


Renato e Larissa estão caminhando pelo parque de mãos dadas. 


Renato: Obrigado por ter aceitado vim caminhar comigo amor, eu precisava sair um pouco, eu não esperava que meu irmão morresse dessa forma. 


Diz ele entristecido. 


Larissa: Sei o que está passando amor, eu senti isso a pouco tempo atrás. 


Renato: É difícil sabe, eu perdi meu irmão de forma horrível.


Larissa: Por mais que ele aprontou contra a gente, você gostava dele, amava ele né?


Renato: Sim, meu irmão era tudo pra mim, quando a gente era menor, eu e ele brincávamos juntos e a nossa mãe sempre tirava um tempo dela pra gente, era muito legal, pena que o tempo não volta mais. 


Larissa: Vai passar essa tristeza Renato, você vai ver. 


Diz ela abraçando o braço dele.


Renato: Eu sei que vai, mas eu não te chamei só pra isso amor, eu tenho uma surpresa pra você. 


Larissa: Surpresa pra mim amor?


Diz ela animada.


Renato: Sim, e acho que você vai gostar e muito.


Larissa: Diz, logo amor, eu já estou ficando bem curiosa. 


Ele tira do bolso uma caixinha preta, ele fica de frente pra ela e abre a caixinha. 


Renato: Larissa amor da minha vida, você aceita se casar comigo? 


Larissa se emociona com a surpresa. 


Larissa: É claro que aceito, é o que eu mais quero, passar a minha vida inteira ao seu lado. 


Renato: Eu também amor. 


Ele coloca o anel nela e em seguida os dois se beijam. 


(Com a mesma música vai mostrando a cidade)


Cena 006 // Hospital Beneficiência Portuguesa // Recepção // Interior // Manhã 


Matheus e Julia vão se aproximando da saída e encontram Fernando de pé na recepção. 


Matheus: Pai? Já recebeu alta?


Fernando: Ainda bem que te encontrei, cadê a sua mãe?


Pergunta o empresário preocupado. 


Matheus: Eu não sei, eu vim acompanhar a Julia no médico, pai o que está acontecendo?


Julia: Alguma coisa está acontecendo, seu pai não estaria tão preocupado com a sua mãe atoa. 


Fernando: Não aconteceu nada Julia, eu estou bem, o médico me liberou pra eu andar um pouco. 


Matheus: Mas onde entra a minha mãe nessa história pai? É isso que quero entender. 


Karine Ulisses vem até eles.


Karine: Filho ainda bem que te encontrei. 


Ulisses observa Matheus. Karine abraça Matheus fortemente. 


Matheus: Mãe o que está acontecendo? A senhora pode me explicar?


Fernando: Não é nada filho, é só sua mãe agindo como ela sempre agiu. 


Ulisses: Então você é o Matheus, seus pais falam muito bem de você. 


Matheus: Obrigado, mas você quem é?


Ulisses: Me chamo Ulisses.


Eles se cumprimentam e o médico fica emocionado. 


Fernando: Bom, a conversa está boa, mas Ulisses tem que voltar ao trabalho. 


Karine: Deixa eles conversarem Fernando. 


Os dois se encaram e Julia percebe um clima tenso entre eles. 


Ulisses: Não tem problema Karine, teremos outras oportunidades. 


Karine: Claro que teremos, que tal um jantar de família? Todos nós?


Fernando: Não acho uma boa ideia. 


Matheus: Acho que seria sim uma boa ideia, pode marcar. 


Karine: Assim que Fernando tiver alta e sei que daqui alguns dias ele terá, ai a gente janta todo mundo pra colocar o papo em dia e se conhecerem melhor. 


Ulisses: Combinado então, eu vou retornar ao meu consultório, até mais, depois a gente se fala Karine. 


Karine: Ok. 


Ele se retira.


Matheus: Viemos de Uber, pode dar carona mãe?


Karine: Claro, vão indo na frente, eu vou me despedir do seu pai. 


Matheus e Julia vão para o carro.


Fernando: Eu não vou deixar você contar a verdade para ele. 


Karine: Eu vou sim, ele tem o direito de saber que foi enganado por você. 


Ela se retira do hospital e Fernando a observa com raiva.


Cena 007 // Casa de Luciano // Cozinha // Interior // Manhã


Fabiana e Luciano estão tomando café da manhã.


Fabiana: Gustavo morto,eu fiquei surpresa, apesar que sabia que isso poderia acontecer, inimigos ele tinha e muito por sinal.


Luciano: Alguém que se vingou de alguma coisa que ele fez, ele era o cão.


Fabiana: Eu não fui, na hora que aconteceu o crime eu estava com algumas amigas.


Luciano fica pensativo.


Fabiana: Aconteceu alguma coisa? Está muito quieto.


Luciano: Só estou um pouco pensativo, só isso.


Fabiana: Tem a ver com a sua saída? Ontem cheguei e você não estava em casa, onde você estava? 


Luciano fica apreensivo.


Luciano: Eu… Eu… fui dar uma volta, refrescar a cabeça, aí perdi a noção das horas, você não está desconfiando de mim não né?


Fabiana: Não estou, eu só fiquei preocupada, não sabemos quem matou Gustavo, e eu e você tínhamos motivos pra acabar com a vida daquele desgraçado.


Luciano: Eu só quero que você saiba que eu não tenho nada a ver com a morte dele.


Fabiana pega nas mãos dele.


Fabiana: Acredito em você meu amor.


Os dois trocam sorrisos.


(Ao som da música "Celebrar - Jammil mostra um pouco da cidade)


Cena 008 // Hospital Beneficência Portuguesa // Consultório de Ulisses // Interior // Tarde


Ulisses está terminando de atender um paciente.


Ulisses: Tem que tomar esse remédio em 6 e 6 horas e se as dores voltarem, você retorna, que faremos uns exames mais detalhados.


Ele assina a receita médica.


Paciente: Obrigado doutor

 

Ulisses: Eu que agradeço, se cuida, tchau.


O paciente se retira do consultório. A enfermeira entra na sala dele. 


Enfermeira: O jornal que o senhor pediu.


Ulisses: Obrigado


Enfermeira: Com licença.


A enfermeira se retira e Fernando entra no consultório.


Fernando: Ulisses desiste dessa ideia, já falei que não vai prestar Matheus saber da verdade.


Ulisses: Matheus precisa saber quem é o verdadeiro pai dele e está decidido. 


Fernando vê o jornal e a foto de Wagner. Ele começa a se recordar do que aconteceu com ele. Fernando se lembra do que passou nas mãos de Wagner. 


(Instrumental descoberta)


Fernando: Foi ele, agora estou me lembrando de tudo, ele me prendeu na sala dele e mandou me matar, a ordem partiu dele. 


Afirma o diretor nervoso.


Ulisses: Você tem certeza disso Fernando?


Fernando: Sim, foi ele, foi ele, eu não estou me sentindo bem. 


Fernando começa a sentir falta de ar. 


Ulisses: Calma, sente-se, respira fundo.


Fernando: Ele tentou me matar, ele tentou me matar. 


Ulisses: Esse homem esteve aqui no hospital esses dias, ainda bem que cheguei a tempo, ele iria te matar. 


Fernando: Ulisses por favor, chama a polícia, eu preciso denunciar ele, eu vou ficar bem, agora faz o que eu pedi. 


Ulisses: Eu vou pedir pra recepção ligar, enquanto isso, eu vou chamar a enfermeira pra te levar pro quarto. 


Ulisses sai do consultório e Fernando fica apreensivo. 


Cena 009 // Escritório de Carlos // Estacionamento // Exterior // Tarde


(Instrumental tensão)


Carlos estaciona o carro, ele pega suas coisas e sai do carro. Dois policiais armados se aproximam do advogado.


Policial: Dr. Carlos Moura?


Carlos olha pra trás e fica apreensivo. 


Carlos: Pois não?


Policial: Queira nos acompanhar até a delegacia. 


Carlos: Por qual motivo? Vocês não podem me levar desse jeito, sem um mandado de prisão. 


Policial: Nos temos um mandado de prisão, veja. 


Ele entrega para Carlos. 


Carlos: Isso é absurdo, não tem motivo algum dessa prisão. 


Policial: Tem sim, você está sendo acusado de ter tentado matar Fernando, o diretor do Shopping Pedreira, eu de você não tentaria nada, só vai complicar a sua situação, venha com a gente agora. 


Carlos fica tenso. Enquanto isso, o policial algema Carlos, e o advogado segue para a viatura. Várias pessoas olham ele sendo preso, inclusive funcionários de seu escritório. Carlos é levado pela polícia. 


Cena 010 // Esconderijo de Meire // Sala // Interior // Tarde


Meire está comemorando a prisão de Carlos. 


Meire: Que ótima notícia Dr. Salvatore, com a prisão dele, com certeza ele vai confessar os crimes que cometeu a mando do Wagner, a ruína do Wagner está começando. 


Dr. Salvatore: Acredito que o delegado Carvalho vai conseguir arrancar as confissões de Carlos. 


Meire: É o que eu mais quero, ver Wagner e todo seu bando presos. 


Dr. Salvatore: Com certeza você irá ver. 


Meire caminha de um lado pro outro. 


Meire: Salvatore, eu já estou pronta pra encarar Wagner pela última vez, com a prisão de Carlos ficará difícil pra Wagner tentar alguma coisa.


Dr. Salvatore: Está certa disso Meire?


Meire: Mais que certa, é o que eu quero fazer. 


Dr. Salvatore: Vou providenciar tudo pro encontro, local, hora. 


Meire: Não vai ser preciso, eu já pensei em tudo e vou contar. 


Meire começa a contar seu plano para Dr. Salvatore. 


Cena 011 // Delegacia // Sala do delegado // Interior // Tarde


Renato está sentado de frente para o delegado. O escrivão entra para digitar o depoimento do filho de Meire. 


Delegado Carvalho: Pois bem, vamos começar seu depoimento Renato, onde estava na noite que seu irmão foi morto?


Renato: Eu estava na pensão me arrumando para sair. 


Delegado Carvalho: Aonde exatamente você iria?


Renato: Sair com a Larissa, eu e ela havíamos combinado de sair juntos, eu me arrumei e fui pra casa dela. 


Delegado: A dona da pensão confirmou que você tinha saído, minutos antes de Gustavo de ser morto, nesse meio tempo, você pode muito bem ter matado seu irmão. 


Renato: Eu não matei ele, eu fui pra casa da Larissa, eu nem sabia onde Gustavo estava, não fui eu delegado. 


Afirma o jovem nervoso. 


Delegado: Motivo você tinha, pelo que andei descobrindo, ele gostava da sua namorada, você poderia ter matado ele, e o caminho ficava livre pra você. 


Renato: É um absurdo você dizer isso, Gustavo tentou me matar uma vez, eu nunca, jamais mataria o meu irmão, por mais que tenha aprontado comigo, eu não teria essa coragem. 


Delegado: Só mais uma pergunta, como era sua relação com seu irmão?


Renato: Conturbada, ele sempre achava que eu e a nossa mãe estava contra ele, mas nunca tivemos, tudo não passou de um plano do Wagner, desde quando esse cretino pisou no shopping, jogou Gustavo contra nos, se tem alguém que matou o meu irmão, esse alguém foi o Wagner. 


Delegado: Entendi, bom, isso já é o suficiente, você assina seu depoimento e está liberado. 


Renato assina e em seguida sai da sala do delegado. Larissa entra logo depois. 


Delegado: Onde estava na noite do crime? 


Larissa: Eu tinha ido encontrar com a minha patroa, só que cheguei no local, ela não estava, e de lá eu iria me encontrar com Renato, só que como eu demorei, eu voltei pra casa e encontrei minha mãe e Renato lá. 


Delegado: Poderia me dizer que lugar você teria ido se encontrar com a sua patroa?


Larissa: Numa lanchonete do shopping, a que vende comida mineira. 


Delegado: Entendi, eu vou pedir pra um policial ir nessa lanchonete, poderia me entregar uma foto sua?


Larissa: Claro, aqui está. 


Ele entrega a foto. 


Delegado: Obrigado. 


ALGUNS MINUTOS DEPOIS


Delegado: Obrigado pela informação policial, pode retornar pra delegacia. 


Ele encerra a ligação. 


Larissa: A moça confirmou né?


Delegado: Sim, a atendente confirmou que você estava lá mesmo, até agora apenas você é a única pessoa que tem um álibi. 


Larissa: Eu não matei o Gustavo, por mais que eu tinha grandes motivos, não é da minha índole fazer isso. 


Delegado: Compreendo, bom, assine o seu depoimento e pode ir. 


Larissa sai da sala do delegado. Fabiana entra na sala do delegado. 


Delegado: O que estava fazendo na noite que Gustavo foi assassinado?


Fabiana: Eu sai com algumas amigas, fazia tempo que eu não saia, elas queriam me ver, pois tinham chegado de viagem. 


Delegado: Que amigas? Poderiam dizer o nome delas?


Fabiana: Priscila, Antônia e Danielly, se quiser eu tenho o número delas, elas podem confirmar que eu estava com elas. 


Delegado: Passe eles pra mim. 


Fabiana mostra o número de cada uma e o delegado vai ligando pra elas. 


ALGUNS MINUTOS DEPOIS


Delegado: Você realmente estavam com elas, uma delas até mandou a foto do bar que vocês estavam. 


Fabiana: Gustavo quase me matou delegado, eu não iria estragar a minha vida matando ele. 


Delegado: Assine o seu depoimento e está liberada. 


Fabiana assina e se retira da sala. Luciano entra. 


Delegado: Eu particularmente não esperava que você tivesse na lista de suspeitas Luciano. 


Luciano: Juro que não matei ele delegado, você me conhece. 


Delegado: Eu acredito que você não matou, até porque sabe das consequências, me diga onde esteve na noite do assassinato do Gustavo?


Luciano: Eu sai pra refrescar a cabeça, eu estava muito tenso, depois que o Wagner arruinou minha vida, e acabei perdendo a noção das horas. 


Delegado: Você passou em algum lugar? 


Luciano: Não, eu fiquei pela rua, pensando, refletindo. 


Delegado: Entendo, mas você não tem um álibi e isso torna você um dos fortes suspeitos, e eu não posso aliviar sua barra, muito menos proteger. 


Luciano: Eu vou provar que eu não matei ele.


Delegado: Assine seu depoimento e está liberado. 


Luciano assina e se retira da sala do delegado. 


Delegado: Ta muito difícil solucionar esse caso, Meire está foragida, Meireles também, qual deles matou Gustavo Pedreira? 


Ele fica pensativo. 


Cena 012 // Esconderijo de Meireles // Sala // Interior // Tarde


(Instrumental tensão)


Meireles está na sala. Seu motorista já está com as malas na sala, ele entrega uma arma para Meireles. Alguém bate na porta, o motorista abre ela e Hugo entra. 


Hugo: Mandou me chamar Dr Meireles?


Meireles: Mandei sim, temos que conversar um assunto muito sério. 


Hugo fica tenso. 


Hugo: Eu fiz o que você pediu, me livrei do Gustavo. 


Meireles: Você mente muito mal sabia?


Hugo: Não estou mentindo Meireles, fui eu que matei. 


Meireles: Eu sei quem matou Gustavo e não foi você, eu estava lá e vi o crime acontecer. 


*FLASH BACK*


Rua // Carro // Interior // Noite


Gustavo está dentro do carro. 


Gustavo: Hoje eu vou pegar você Larissa, se não for minha, não será de mais ninguém. 


Ele começa rir com a arma na mão. 


Uma pessoa vestida de preto se aproxima do carro, e bate no vidro, ele abre e Gustavo se surpreende ao ver a pessoa, essa pessoa dispara dois tiros no peito e um na cabeça, confere se Gustavo morreu, em seguida, a pessoa sobe na moto e vai embora. Meireles que estava um pouco afastado vê tudo. 


Meireles: Meu Deus, quem matou Gustavo?


*DE VOLTA AO PRESENTE*


Meireles: Na verdade, eu não vi o rosto, porque a pessoa estava com uma toca ninja, eu só sei que essa pessoa não foi você, eu confiei em você Hugo, mas você me decepcionou. 


Hugo fica apreensivo. 


Hugo: Podemos resolver isso Meireles. 


Meireles: Não podemos não, infelizmente você escolheu um caminho sem volta, seu moleque filho da mãe, a dona Zazá deve está muito decepcionada contigo, e olha que ela era uma assassina profissional, agora você não, lamentável, vai ter o mesmo fim que ela teve e pelo mesmo motivo, incompetência, vai pro inferno, miserável. 


Meireles dispara três tiros contra Hugo, o jovem cai morto no chão. 


Meireles: Esse já não é mais problema para mim, vamos antes que eu perca a hora do meu jatinho. 


O motorista do Meireles o leva para o carro e em seguida, eles saem. 


(Larissa, Renato, Fabiana, Luciano, Dalva, Meire e Wagner queimam uma roupa preta, com uma touca ninja por cima, close nas roupas pegando fogo)


Ao som do instrumental Wagner acontece uma passagem de tempo de alguns dias


Cena 013 // Mansão de Fernando e Karine // Sala de Jantar // Interior // Noite


Karine, Ulisses, Matheus, Julia, Laura e Michelly estão sendo servidos por Jurema. 


Karine: Obrigada Ju, você poderia dar o jantar da minha mãe? Ela não quis descer. 


Jurema: Claro, pode deixar. 


Ela se retira da sala de jantar. 


Ulisses: Esse jantar está maravilhoso, a Jurema manda bem. 


Matheus: Eu amo a comida dela, pra mim ela é perfeita no que faz. 


Michelly: Está divino sogrinha. 


Karine fica contente por todos estarem gostando. A campainha toca. 


Karine: Eu atendo, deve ser o Fernando. 


Ela se levanta e vai abrir a porta. 


Matheus: Eu achava que meu pai não iria vim. 


Laura: Maninho você sabe como ele é, demorado. 


Todos riem…. Karine e Fernando se aproximam. 


Fernando: Olá, boa noite a todos, peço desculpas pelo atraso. 


Matheus: Sem problemas pai, sente-se. 


Fernando: Obrigado filho, mas antes eu queria dizer uma coisa, eu nunca imaginei que eu passaria pelo que eu passei, estar hoje aqui com vocês, é uma benção de Deus, eu estou muito feliz, muito feliz mesmo, Karine, eu te devo um pedido de desculpas, sei que errei contigo sobre aquele assunto.


Laura e Matheus abraçam o pai e ele retribui o abraço.  


Karine: Depois falamos sobre ele Fernando. 


Fernando: Desculpa, mas tem que ser agora, eu cansei de esconder isso e o Ulisses está certo, o Matheus precisa saber da verdade. 


Matheus: Que verdade pai? Agora eu fiquei curioso. 


Karine e Fernando ficam apreensivos e Matheus encara os dois. 


Cena 014 // Mansão dos Pedreiras // Quarto de Wagner // Interior // Noite


Maria entra no quarto do sobrinho, ele se aproxima da cômoda e pega uma foto dele e a olha, ela começa a chorar. 


Maria: Quando era mais jovem, você não era assim, com esse ódio, raiva no coração. 


Ela se recorda de um momento com ele. 


*FLASH BACK*


Praça // Tarde


Wagner e Maria estão passeando na praça, Wagner corre ao ver um balanço no parquinho. 


Wagner: Tia, tia, me empurra, eu quero balançar. 


Diz a criança feliz e pulando perto do balanço. 


Maria: Eu já vou, calma. 


Ela se aproxima do balanço. Wagner se senta e ela começa a empurrar o balanço. 


Wagner: Eba, obrigado tia, eu te amo. 


Diz ele sorrindo. 


Maria: Eu também amo você meu sobrinho. 


Wagner olha o carrinho de sorvete. 


Wagner: Tia, olha ali, eu quero sorvete, compra pra mim?


Maria pega sua carteira e olha que está sem dinheiro. 


Maria: Não sei se vou conseguir comprar Wagner. 


Uma mulher que estava perto dela vê que Wagner quer o sorvete e a Maria não tinha dinheiro, ela se aproxima. 


Mulher: Toma, compra pra ele, não deixa ele passar vontade. 


Maria olha pro lado pra agradecer e a mulher não está mais perto dela. Wagner se aproxima da tia. 


Wagner: Vai comprar tia? 


Maria: Sim, sim, vai lá e compra. 


Maria se emociona ao ver Wagner correr. 


*DE VOLTA AO PRESENTE*


Maria: O que será de você Wagner? O que será de você? 


Ela se senta na cama com a foto nas mãos e chora mais ainda. 


Cena 015 // Delegacia // Sala do Delegado // Interior // Noite


O delegado está lendo um depoimento e Luciano entra. 


Luciano: Desculpa a demora, eu fiquei preso no trânsito, algum problema delegado?


Delegado Carvalho: Sente-se, tem uma pessoa que quer falar com você. 


Luciano: Que pessoa?


Delegado: Pode buscar ele. 


Policial: Ok delegado. 


O policial se retira e vai buscar Carlos. 


Luciano: O que está acontecendo delegado?


Delegado: Você já vai entender. 


O policial entra com Carlos na sala dele. Carlos se senta do lado de Luciano.


Delegado: Pode falar tudo que disse pra mim sobre o Wagner. 


Carlos: Wagner não te denunciou sozinho Luciano, eu que te denunciei a mando dele, Wagner arquitetou tudo, até mesmo pagou uma testemunha pra ferrar você. 


Luciano: Eu sabia, eu sabia, que tinha o dedo desse crápula nessa história, ele não se conforma que eu libertei a Fabiana do cativeiro, ele a mantinha presa. 


Carlos: Sim, ele fez muita coisa errada, tudo isso pra tomar o que ele acha que é direito dele. 


Delegado: Sendo assim, Luciano a partir de amanhã você volta a trabalhar na delegacia, com o depoimento de Carlos, fica provado que você não entrou de propósito e sim porque escutou gritos da Fabiana dentro da casa. 


Luciano: Que ótima notícia, que a justiça seja feita e Wagner e todos que são cúmplices pagam pelos crimes que cometeram.


Delegado: Vão pagar sim, pode ter certeza disso, podem levar Carlos pra cela dele. 


Carlos é levado para a cela dele. Luciano comemora sua volta ao trabalho. 


(Ao fundo começa a tocar a música “Celebrar - Jammil” e com a mesma música mostra um pouco da cidade)


Cena 016 // Casa de Luciano // Sala // Interior // Noite


Fabiana está na sala, seu celular toca, é sua tia. 


Fabiana: Tia, demorou pra ligar hein. 


Chica: Tempo, está corrido pra mim, eu consegui um emprego e quase não estou tendo tempo, o seu primo Alef está me ajudando com a sua mãe. 


Fabiana: Entendo, e ela como está?


Chica: Está bem, agora está dormindo, ela não para de falar de você. 


Fabiana: Estou com saudades dela também, bom que ligou, amanhã você pode trazer ela?


Chica: Posso sim, estou de folga e peço pro Alef levar a gente. 


Fabiana fica feliz. 


Fabiana: Obrigada tia, olha, eu vou te recompensar viu?


Chica: Ah, um agradinho é sempre bom né?


As duas riem. 


Fabiana: Você tem razão tia, eu aguardo vocês amanhã, beijo tia. 


Chica: Outro querida. 


Fabiana encerra a ligação. 


Cena 017 // Mansão de Fernando e Karine // Sala de Jantar // Interior // Noite


Matheus está encarando Fernando e Karine. Ulisses se levanta. 


Matheus: O que estão escondendo de mim? Eu quero saber agora. 


Diz o jovem bravo. 


Karine: Calma filho, nos vamos explicar tudo. 


Matheus: Eu acho bom mesmo, eu tô cansado de vocês esconderem as coisas de mim. 


Ulisses: Acho melhor você falar Karine, isso já se prolongou demais. 


Karine olha para Fernando e em seguida olha para o filho. 


Karine: A verdade é que você não é filho do Fernando, e sim do Ulisses. 


Matheus fica surpreso, Julia e os demais também. 


Matheus: O que disse? O Fernando não é meu pai?


Questiona o jovem encarando Karine. 


Karine: Não é, mas fique calmo, eu vou explicar tudo. 


Matheus fica sem reação, após saber que não é filho de Fernando. 


Cena 018 // Mansão dos Pedreiras // Sala // Interior // Noite


Wagner está descendo do andar de cima, a campainha toca. Ele vai abrir e se surpreende ao ver Meire. 


Wagner: Você? O que faz aqui?


Questiona o vilão surpreso.


Meire: Eu vim acertar as nossas contas seu desgraçado, filho da mãe. 


Afirma a empresária. 


Meire e Wagner se encaram. 


CONGELA EM MEIRE

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Vida - Cap 084

#AudiênciaDetalhada #EmNomeDoAmor #EdiçãoEspecial

Vida - Cap 034