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Uma adaptação bíblica feita por Patrícia Santos.
Capítulo 029
Sansão foi a Gaza, onde viu uma mulher
meretriz e foi procurá-la. E a notícia correu pela cidade: Sansão está
aqui. Puseram-se de emboscada nos arredores durante toda a noite, junto às
portas da cidade, e ficaram quietos toda a noite, dizendo:
Ao romper do dia,
vamos matá-lo.
Sansão dormiu até a meia-noite. E, levantando-se pela
meia-noite, tomou os batentes da porta de Gaza, com os seus postes, arrancou-os
juntamente com o ferrolho, pô-los sobre os ombros e levou-os até o alto da
montanha, que está defronte de Hebron. Depois disso, enamorou-se de uma
mulher que habitava no vale de Sorec, chamada Dalila. Os príncipes dos
filisteus foram ter com ela e disseram-lhe:
Procura seduzi-lo e vê se
descobres de onde lhe vem sua força e como o poderemos vencer, a fim de o
amarrarmos para dominá-lo. Se fizeres isso, te daremos cada um de nós mil e cem
moedas de prata.
Dalila disse a Sansão:
Dize-me, de onde vem tua força? E
de que modo se precisaria ligar-te para que fosses dominado?
Sansão
respondeu-lhe:
Se me amarrassem com sete cordas de nervos ainda frescas e
úmidas, eu me tornaria tão fraco como qualquer homem.
Os príncipes dos
filisteus trouxeram a Dalila sete cordas de nervos bem frescas e úmidas, com as
quais ela o ligou. Ora, estando eles de emboscada no quarto, ela gritou:
Sansão, os filisteus vêm contra ti!
E ele rompeu as cordas como se rompe um
cordão de estopa, chamuscada pelo fogo. Assim, permaneceu oculto o segredo de
sua força.
Dalila disse-lhe:
Tu zombaste de mim, contando-me mentiras. Dize-me
agora com que se precisaria ligar-te.
Se me amarrassem com cordas novas –
disse ele – que ainda não tenham servido, eu me tornaria tão fraco como
qualquer homem.
Dalila tomou, pois, cordas novas, amarrou-o com elas e
gritou:
Sansão, os filisteus vêm contra ti!
Ora, estavam eles de emboscada
no quarto, mas Sansão rompeu como se fossem um fio as cordas que lhe amarravam
os braços.
Até o presente – disse-lhe Dalila – só tens zombado de mim e só
me tens dito mentiras. Dize-me com que será preciso amarrar-te.
Bastará –
respondeu Sansão – que teças as sete tranças de minha cabeça com a urdidura do
teu tear.
Ela fixou-as com o torno do tear e gritou:
Sansão, os filisteus
vêm contra ti!
Ele, despertando do sono, arrancou o torno do tear com os
liços.
Dalila disse-lhe:
Como podes dizer que me amas, se o teu coração não
está comigo? Eis já três vezes que me enganas e não me queres dizer onde reside
a tua força.
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