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Produção Original MF
Uma adaptação bíblica feita por Gustavo Lopes.
Capítulo 007
- Proclamai-a
às nações, ei-la! Levai a notícia até Jerusalém: assaltantes chegam de terra
longínqua, lançando clamores contra as cidades de Judá. Quais guardiães de
campo, circundam a cidade, por se haver ela revoltado contra mim – oráculo do
Senhor. É o teu proceder, são os teus atos que te acarretam essas desgraças.
Eis o fruto de tua malícia, uma amargura que te fere o coração. Minhas
entranhas! Minhas entranhas! Sofro! Oh! As fibras de meu coração! O coração me
bate, não me posso calar! Ouço o som das trombetas e o fragor da batalha.
- Anunciam-se desastres sobre desastres, todo o país foi devastado. Foram de
repente destruídas minhas tendas; num instante, meus pavilhões. Até quando
verei o estandarte, e ouvirei o som da trombeta? Está louco o meu povo; nem
mais me conhece. São filhos insensatos, desprovidos de inteligência, hábeis em
praticar o mal, incapazes do bem. Olho para a terra: tudo é caótico e
deserto; para o céu: dele desapareceu toda a luz. Olho para as montanhas e
as vejo vacilar; e as colinas todas estremecem. Olho: já não há nenhum ser
humano; todas as aves do céu fugiram.
- Olho: tornaram-se desertos os campos;
todas as cidades foram destruídas diante do Senhor, ante a fúria de sua cólera. Porque toda a terra será devastada – oráculo do Senhor –, mas não a
exterminarei completamente. Eis a razão pela qual a terra cobriu-se de
luto, e o céu, lá no alto, revestiu-se de negror. Pois que eu disse, e assim
decretei: não voltarei atrás e não me retratarei. Ao grito de:
- Cavaleiros!
Arqueiros!, toda a terra desandou em fuga. Lançaram-se nos esconderijos e
galgaram rochedos, as cidades foram abandonadas e os habitantes desapareceram. E tu, devastada, para que revestir-te de púrpura, engalanar-te com
ornamentos de ouro, e alongar-te os olhos com pinturas? Em vão tentas ser bela;
desprezam-te os amantes. É tua vida que odeiam. Ouço gritos como os da
mulher ao dar à luz, gritos de angústia quais os do primeiro parto. São os
clamores da filha de Sião; geme e ergue as mãos: Desgraçada de mim! Desfaleço
ante os algozes”.
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