novela criada e escrita por
Marcos Castelli
escrita com
Douglas Vicente
supervisão e edição de texto
Morais Filho
CENA 001 - HOSPITAL SANTA CLARA - ENTRADA - EXTERIOR - DIA
Júlio - O que foi? O gato mordeu a sua língua?
Estela - Por que você voltou? Voltou pra me atormentar, me deixar louca?
Júlio - Eu não voltei pra te atormentar, voltei porque eu quis. O meu pai é o prefeito da cidade.
Estela - Não me diga? Eu quero que você fique bem longe de mim, não quero olhar pra essa sua cara. Você acabou com a minha vida, quase acabou com a minha reputação. O que você quer mais, por que não ficou lá onde você estava?
Júlio - Eu ainda te amo.
Estela - Me ama? Como tem coragem de dizer isso, em?
Estela empurra Júlio.
Estela - Eu odeio você, odeio essa seu jeito sonso. Você me trás péssimas lembranças da minha adolescência. Por sua culpa, eu perdi a minha vida. Você acabou comigo. Aí você volta falando que me ama?
Estela dar um tapa na cara do Júlio.
Estela - Nunca mais me procura.
Estela vai embora.
Júlio - Estela, volta aqui.
CENA 002 - RUA DO JARDIM DO VALE - EXTERIOR - DIA
Estela anda desorientada pela rua. As pessoas em voltam começam a comentar e olhar para ela.
Estela - Maldito. Você acabou com a minha vida e foi embora. Eu vou acabar com a vida dele.
Thabata está saindo da faculdade junto com Cristal.
Cristal - Amiga. Aquela dali não é a sua mãe?
Thabata - Onde?
Cristal - Ali. (Ela aponta para Estela). E tem um carro vindo em direção dela.
Thabata - Mãe?
Thabata deixa suas coisas caírem no chão e vai correndo até sua mãe. Ela grita e faz sinal pro carro parar. O carro para e Thabata tira Estela da rua.
Thabata - O que deu em você?
Estela olha para Thabata e chora.
Thabata - O que aconteceu mãe? Por que está chorando?
Sem falar nada, Estela abraça Thabata.
CENA 003 - CASA DA ESTELA E GAEL - QUARTO DO CASAL - INTERIOR - DIA
Estela está deitada na cama.
Thabata - Ela quase foi atropelada, se não fosse eu chegar na hora.
Gael - O que aconteceu meu amor? Fala comigo.
Thabata - Eu vou na casa da Cristal, estudar pra prova e mais tarde estou de volta.
Gael - Juízo em.
Thabata sai do quarto. Gael tira os sapatos e senta na cama.
Gael - O que te deixou assim tão desorientada? Você nunca ficou assim.
Estela - Ele voltou.
Gael - Ele quem?
Estela - O maldito que acabou com a minha vida.
Gael - O Júlio?
Estela - Sim.
Close no rosto do Gael
CENA 004 - ANOITECER DA CIDADE (Trilha sonora: Eu quero Fugir - Rouge)
Mulheres bem vestidas junto com seus maridos passeam pela cidade. Carroças e carros passando para o lado e para o outro. Mostra o rio onde Joaquim, jogou seu anel que Lucas, lhe deu. Depois mostra a faixada da casa da Carmen.
CENA 005 - CASA DA CARMEN - QUARTO DA BEATRIZ - INTERIOR - NOITE
Beatriz está se arrumando. Seu celular toca e ela atende.
Beatriz (no celular) - O que você quer Roberto?
Roberto (no celular) - Eu já estou aqui te esperando na porta da sua casa.
Beatriz (no celular) - Já estou descendo, não precisa entrar na minha casa.
Roberto (no celular) - Como quiser linda.
Beatriz finaliza a ligação.
Beatriz passa um batom vermelho nos lábios, pega sua bolsa e sai do quarto.
CENA 006 - CASA DA CARMEN - SALA - INTERIOR - NOITE
Bruno entra na mansão com sua roupa de chef de cozinha. Ele quase bate de frente com Beatriz descendo a escada.
Bruno - Quem ver assim pensa que nada aconteceu.
Beatriz - Bruno, o único que errou aqui foi você. Eu sou solteira e posso fazer sexo com quem eu querer. Já você é casado com a minha mãe. (Ela faz cara de surpreendida). Você errou em dormir comigo.
Bruno - Eu sou o seu padrasto, você teria que me respeitar e não dormir comigo.
Beatriz - Eu sou mulher, tenho que atender aos meus desejos. Já você é um safado que se aproveitou de mim, uma jovem ingênua que foi convencida pelo o padrasto a dormir com ele.
Bruno pega e aperta forte o braço da Beatriz.
Beatriz - Tá me machucando.
Bruno - É melhor você ficar com essa boca bem calada e fingir que nada aconteceu entre a gente.
Beatriz - Só vai depender de você e não de mim.
Bruno solta o braço dela. Beatriz sai da mansão. Bruno fica pensativo.
CENA 007 - CARRO DO ROBERTO - INTERIOR - NOITE
Beatriz entra no carro.
Roberto - Pra quem disse que já estava vindo.
Beatriz - Não me enche o saco. Só aceitei sua carona porque não estou bem pra dirigir.
Roberto - É só por isso mesmo?
Beatriz - Vamos logo, Roberto.
Roberto liga o carro.
CENA 008 - CASA DO PREFEITO - SALA DE JANTAR - INTERIOR - NOITE
Diego, Júlio, Rafael e Valéria estão na mesa de jantar.
Júlio - Muita coisa aqui nessa cidade mudou. Nem parece mais aquela cidade pobre e parada que tinha antes de eu ir embora.
Diego - Tem até uma faculdade, coisa que não tinha quando eu era bem novinho.
Júlio - Gente, me conta o que aconteceu com o menino que roubou o, Lucas, da Melissa.
Rafael - Melhor não tocar nesse assunto na mesa do jantar.
Diego - A Melissa, já perdeu o namorado pra um menino? (Ele rir). A encalhada ainda quer me chamar de virgem.
Rafael - Respeita a sua irmã.
Júlio - Me conta o que aconteceu, vai?
Valéria - Ele foi embora da cidade assim que você foi embora também.
Júlio - E o Lucas, foi com ele?
Rafael - Claro que não. Você acha que a mãe dele iria deixar?
Júlio - Como é ruim não ter redes sociais.
Diego - Então por que não faz um?
Júlio - Porque eu não tinha tempo pra isso. Agora eu vou ter o suficiente.
A campainha da mansão toca.
Júlio - Deixa que eu atendo.
Júlio se retira da sala de jantar.
CENA 009 - CASA DO PREFEITO - SALA - INTERIOR - NOITE
Júlio abre a porta quando é surpreendido por Gael, que lhe pega pelo o pescoço e empurra ele pra trás. Gael acerta um soco na cara do Júlio e na mesma hora sai sangue da boca dele.
Júlio - Mas o que é isso, quem é você?
Gael - Por que você voltou? Por que procurou a, Estela?
Júlio - Gael?
Diego, Rafael e Valéria vão correndo para sala.
Rafael - Solta o meu filho menino.
Valéria - Solta ele.
Gael solta Júlio.
Gael - Esse filho da mãe foi atordoar a minha mulher.
Rafael - Você fez isso, Júlio?
Júlio - Eu só fui falar com ela, o que tem de mais?
Gael - Tudo. Você fez muito mau pra ela no passado e até hoje ela não superou o que você fez com ela.
Júlio - Já disse que me arrependo.
Gael - Do que adianta o seu arrependimento? Não vale de nada. Seu arrependimento não vai apagar o que você fez com ela. E se você chegar perto dela, eu acabo com a sua raça.
Valéria - Está ameaçando o meu filho?
Gael (gritando) - Estou.
Diego - O que ele fez com a esposa do Gael?
Valéria - Não se meta menino.
Gael - Me desculpa por invadir a sua casa senhor prefeito.
Rafael - Não precisa me pedir desculpas. Só fez o que era certo.
Valéria - Vai, vai. Sai daqui.
Gael olha para Júlio e sai da mansão.
Rafael - Você acabou de chegar na cidade e já tá arrumado confusão. Nunca vai tomar jeito.
Valéria vai até o seu filho e ajuda ele a se levantar.
Valéria - Olha só o que ele fez com o meu filho. Isso não vai ficar assim, ele vai pagar por isso.
CENA 010 - PRAÇA DA CIDADE - EXTERIOR - NOITE
Rodrigo e Thabata estão caminhando pela praça.
Rodrigo - Você não me disse que iria pra minha casa estudar com a Cristal.
Thabata - Pensei que estaria em casa, por isso não falei nada com você. Fora que ultimamente você tem dado mais atenção pro futebol do que pra mim.
Rodrigo - Essa semana eu não fui pro treino e nem vou. Estamos cheios de problemas em casa, não estou com cabeça pra isso. Mas pra outra eu estou.
Thabata - Eu já falei que não, ainda não estou preparada.
Rodrigo - Estamos namorando há quase cinco anos e você não quer relações comigo.
Thabata - Não insista mais nisso. Se você gosta de mim, você vai ter que esperar.
Rodrigo - E um beijo pode pelo menos?
Thabata - Isso pode.
Rodrigo e Thabata se beijam. Gael está passando pela rua, quando ele ver sua filha beijando Rodrigo, ele grita.
Gael - Thabata.
Thabata se assusta e para de beijar o Rodrigo.
Gael - Vamos pra casa agora, não quero você beijando ele no meio da rua. Bora.
Thabata - Tenho que ir. Pode me ligar se quiser.
Rodrigo - Vou fazer isso.
Thabata - Tchau.
Thabata anda até seu pai.
CENA 011 - CASA DA ESTELA E CARMEN - SALA - INTERIOR - NOITE
Gael e Thabata entram.
Thabata - Não seja chato, pai. Já falei que só estávamos se beijando.
Gael - Mas tinha que ser no meio da praça? Vai ficar mal falada desse jeito, filha.
Thabata - Não foi minha intenção causar isso. É que na cidade vizinha é tudo tão liberal, que eu esqueço que aqui é tudo tão esquisito.
Gael - Você sabe que sou muito liberal com você, mas no meio da rua não faça mais isso.
Thabata - Tá bom. Vou pro meu quarto, tenho que passar a noite estudando. Te amo.
Gael - Também te amo.
Thabata sobe pro seu quarto. Gael senta no sofá.
Gael - O Júlio, não pode saber que a Thabata, é a filha dele.
CENA 012 - RUA DO JARDIM DO VALE - EXTERIOR - NOITE
Close no rosto do Matias, saindo do carro.
Matias - Até que essa cidade não é bonitinha.
Matias pega seu celular e liga para Joaquim.
Matias (no celular) - Joaquim, já cheguei na cidade do Jardim do Vale.
CENA 013 - HOSPITAL - QUARTO 40 - INTERIOR - NOITE
Joaquim (no celular) - Bom saber que já chegou. Já encontrou alguém das fotos que eu te mandei?
Matias (no celular) - Ainda não. Mas bem provável que amanhã eu já encontre algumas delas. E a primeira que eu vou tentar falar vai ser com o filho do prefeito.
Joaquim (no celular) - Não faça nada de errado, qualquer erro seu, estamos ferrados.
Matias (no celular) - Não se preocupa. Já sei muito bem o que vou fazer.
Joaquim (no celular) - Ótimo. Qualquer coisa é só me ligar.
Joaquim finaliza a ligação.
Joaquim - Não vejo a hora de botar cada um deles em seu devido lugar.
CENA 014 - APTO DO LUCAS - QUARTO - INTERIOR - NOITE
Lucas está deitado na cama, ele está pensativo. Ranulfo entra no quarto e deita ao lado dele.
Ranulfo - Você está tão quieto. O que você tem?
Lucas - Não tenho nada. Só estava pensando na vida.
Ranulfo - Você está desde a hora que sua mãe saiu daqui de casa. Tem algo haver com ela?
Lucas - Tem sim. Fico pensando como que uma pessoa pode ter maldade em seu coração? Isso é uma coisa tão horrível, que eu não consigo me imaginar sendo assim.
Ranulfo - Graças à Deus, que você não é igual a sua mãe. Você é um homem doce, que não é capaz de fazer mal para ninguém.
Lucas - Sabe, eu tenho muito medo que ela possa fazer alguma coisa contra você, se eu não estiver junto. Tudo isso fica passando pela minha cabeça e eu fico doido.
Ranulfo - Para de pensar nessas coisas ruins. Nada de ruim vai acontecer comigo.
Lucas - Vamos embora, vamos sair desse país, vamos sumir no mundo.
Ranulfo - Você quer fazer isso mesmo?
Lucas - Quero. Eu não quero mais viver com essa angústia.
Ranulfo - Então vamos pra onde você quiser tá bom?
Lucas - Tá bom.
Ranulfo beija Lucas.
CENA 015 - AMANHECER DA CIDADE
As lindas imagens do Rio de Janeiro estampam a tela e depois vai para a cidade do Jardim do Vale, mostrando a faixada da casa do prefeito.
CENA 016 - RUA DO JARDIM DO VALE - EXTERIOR - DIA
Matias está parado em frente a casa do prefeito. (Matias está mal vestido)
Matias - Será aqui a casa do prefeito?
Júlio está saindo da mansão.
Matias - Oba. Bom dia! Aqui é a casa do prefeito?
Júlio - Sim, por que?
Matias - Me chamo Eduardo, estou a procura de um emprego. Sabe, minha empresa faliu e eu não tenho mais do que comer em casa, tenho filho pequeno pra criar.
Júlio - Infelizmente não temos vagas para trabalhar aqui em casa. Quem sabe no ano que vem.
Matias - Senhor, eu aceito qualquer coisa, sabendo que vou receber e poder botar um pão na mesa pra minha filha comer, já é um alívio enorme.
Matias se ajoelha.
Matias - Por favor. Eu lhe imploro por um trabalho. Sei que o prefeito sempre arruma um jeito de empregar alguém.
Júlio - Levanta do chão, eu vou te ajudar, mas sai do chão.
Matias se levanta.
Matias - Você vai me ajudar?
Júlio - Vou sim. Mas antes vamos até a prefeitura.
Matias - Tá bom.
Os dois vão andando até a prefeitura.
CENA 017 - PREFEITURA - SALA DO PREFEITO - INTERIOR - DIA
Júlio - Você disse que faz tudo, sério?
Matias - Sim senhor.
Júlio - Então tira a roupa pra mim.
Matias ameaça a tirar sua roupa.
Júlio - Estou brincando, não precisa fazer isso. Eu sou macho e espero que você também seja. Não quero nenhum afeminado trabalhando comigo.
Matias - Sou macho sim, senhor.
Júlio - Como eu acabei de chegar na cidade, não sei mais como funciona a contratação aqui, mas assim que meu pai, aparecer naquela porta, eu falo com ele.
Matias - O senhor está sendo um anjo que caiu do céu.
Júlio - Quem caiu do céu foi o, Lucifer. Mas valeu a intenção.
CENA 018 - CASA DA ESTELA E GAEL - QUARTO DO CASAL - INTERIOR - DIA
Estela está dormindo, de repente ela abre os olhos e olha para o outro lado da cama e ver Gael, dormindo. Ela se levanta da cama, vai até o guarda roupa e pega duas peças de roupas. Sem fazer barulho, ela troca de roupa e depois sai do quarto.
CENA 019 - CASA DA ESTELA E GAEL - SALA - INTERIOR - DIA
Estela está descendo a escada quando bate de frente com Thabata.
Thabata - Onde que você estava indo, dona Estela?
Estela - Não te interessa menina.
Thabata - Ah, me interessa sim. No primeiro momento em que você sai sem fazer barulho algum, me interessa e muito. Você ia aonde?
Estela - Já te falei que não te interessa, some da minha frente.
Thabata entra na frente da Estela.
Thabata - Eu vou chamar o meu pai.
Estela - Chama quem vive quiser. Eu não te devo satisfações da minha vida. Sua insuportável.
Thabata - Insuportável é você que não gosta nem da sua própria filha.
Estela - Ainda bem que sabe disso. Não gosto de você, eu te odeio e eu queria ter te perdido no mês da minha gravidez. Estúpida.
Thabata - Sabe que eu também não gosto de você? Acho a senhora fingida e sonsa.
Estela dar um tapa na cara da Thabata.
Estela - Eu mandei você sair da minha frente.
Estela empurra Thabata e sai.
Thabata - Isso não vai ficar assim.
CENA 020 - CASA DA JOSEFINA E LUIS CARLOS - SALA - INTERIOR - DIA
Josefina abre a porta e Estela entra.
Josefina - Estela?
Estela - Ai dona Josefina.
Estela abraça Josefina.
Josefina - Mas o que aconteceu?
Estela - Aquele desgraçado que acabou com a minha vida voltou, eu estou sem chão.
Josefina fecha a porta e as duas sentam no sofá.
Josefina - O Júlio, voltou?
Estela - Voltou. E eu não sei o que faço. Tenho muito medo que ele descubra que eu não abortei a criança e que ela é a Thabata.
Josefina - Não fica desesperada menina. Isso não vai afeta a sua vida em nada, sua vida vai continuar a mesma.
Estela - Eu tenho medo que ele faça alguma coisa contra o, Gael ou até mesmo contra a filha dele. O Júlio, não presta, ele é capaz de tudo pra ter o que ele quer.
Josefina - Ele não vai fazer nada contra ninguém. Por que ele faria isso?
Estela - Vindo daquela família, eu espero tudo. Eu vou ficar de olho, se ele fizer alguma coisa, eu mato ele.
CENA 021 - PREFEITURA - SALA DO PREFEITO - INTERIOR - DIA
Rafael - De onde você é? Nunca te vir por essa cidade.
Matias - Eu sou da cidade vizinha.
Rafael - Tendi. Mas o que você fazia antes de perder o emprego?
Júlio - Para de ficar fazendo várias perguntas pro homens, pai. O cara está querendo um emprego e não um interrogatório.
Rafael - Se uma pessoa quer trabalhar dentro da família do prefeito, eu tenho que perguntar tudo que eu posso.
Matias - Trabalhar pra família de vocês?
Rafael - Sim. Semana passada tive que demitir o meu motorista e minha família está sem ninguém para levar eles pra sair e entre outras coisas. Você sabe dirigir?
Matias - Claro, sei sim senhor prefeito.
Rafael - Ótimo. Amanhã volte aqui no mesmo horário com a sua carteira de trabalho e seus documentos.
Matias - Trago sim senhor. Será uma honra trabalhar para o prefeito da cidade.
Rafael - Estou botando a segurança da minha família em suas mãos. Não me decepciona.
Matias - Eu nunca vou decepcionar o senhor. Muito obrigado pela oportunidade.
Matias aperta a mão do prefeito.
CENA 022 - MANSÃO DA ISADORA E JOAQUIM - ENTRADA - EXTERIOR - DIA
Joaquim (no celular) - Você o que? Como conseguiu isso?
Matias (no celular) - Me fingir de um pobre homem, que precisa sustentar os filhos.
Joaquim (no celular) - Seu plano foi sensacional.
Joaquim abre a porta do carro.
Joaquim (no celular) - Você dentro da família Gusmão, pode me dá várias informações importantes. Você está se saindo melhor que a encomenda.
Matias (no celular) - Eu não disse que você poderia contar comigo pra tudo? Sua vingança vai se sair melhor do que você imaginava.
Joaquim (no celular) - Não vejo a hora de voltar e fazer todos sofrerem.
Matias (no celular) - Já comprei as passagens e já dei entrada no cartório pra passar a casa pro seu nome. Semana que vem você já pode voltar.
Joaquim entra dentro do carro.
Joaquim - Só quero ver a cara deles quando verem que o menino que saiu daí pra ser morto, virou um homem rico que está pronto pra se vingar.
CENA 023 - RUA DO LEBLON - EXTERIOR - DIA
Carmen está parada com o carro perto do prédio onde mora Lucas.
Carmen - Aqui é o prédio onde eles moram. Mas vocês só tem que matar um deles, que é esse.
Carmen mostra a foto do Ranulfo, para os matadores de aluguel.
Homem 1 - Pode deixar com a gente dona. Agora mesmo vamos acabar com esse intruso, que está acabando com a vida senhora.
Carmen - Eu acho bom mesmo. Não tem como fazer isso agora?
Homem 1 - Os meus homens já estão armados e pronto para fazer o que a senhora quiser.
Carmen - Então faça isso hoje. É de urgência máxima.
Homem 1 - Já que as senhoras querem assim.
O homem guarda a arma e sai do carro.
Carmen - Nunca subestime a Carmen.
CENA 024 - APTO DO LUCAS - SALA - INTERIOR - DIA
Ranulfo - Vamos logo meu amor, não podemos nos atrasar.
Lucas (do quarto) - Já estou indo. Só estou procurando o meu relógio.
Ranulfo - Então eu vou tirando o carro da garagem e vou te esperar.
Lucas (do quarto) - Tá bom.
Ranulfo pega a chave do carro e sai do apartamento.
CENA 025 - CORREDOR - INTERIOR - DIA
Ranulfo está esperando o elevador. Ele aperta o botão e machuca o dedo.
Ranulfo - Que droga.
As portas do elevador se abrem e ele entra.
CENA 026 - APTO DO LUCAS - QUARTO - INTERIOR - DIA
Lucas pega o relógio.
Lucas - Finalmente te achei.
Lucas bota o relógio no pulso. Ele pega a carteira e bota no bolso da calça.
CENA 026 - PRÉDIO - GARAGEM - INTERIOR - DIA
Ranulfo abre a porta do carro e entra. Ele fecha a porta e liga o carro. A porta da garagem se abrem.
Ranulfo - Estou sentindo um pressentimento tão ruim. (Ele bota sua mão sobre o peito.
Um carro preto está parado perto da garagem do prédio. O portão da garagem abre e uns 3 homens saem armados e mascarados de dentro do carro, apontando as armas em direção a saída da garagem. O carro do Ranulfo, da ré e quando ele sai pra fora do carro é surpreendido pelos os homens que começam a atirar no Ranulfo. Eles atiram por toda parte do corpo do Ranulfo. O corpo dele fica todo furado com as balas. (No total são 50 tiros). Ranulfo cai no chão e eles continuam atirando. Eles param de atirar e entram no carro. O carro acelera e vai embora.
Lucas (gritando) - Ranulfo!
Lucas vai correndo até o corpo do Ranulfo, que está no chão. Lucas abraça o corpo do Ranulfo.
Lucas (chorando) - Ranulfo.
(Instrumental tristeza)
Lucas (chorando) - Meu amor. (Ele bota a mão sobre o rosto do Ranulfo). Meu amor, isso não pode ter acontecido. Isso só pode ser coisa da Carmen, aquela mulher maldita. Me perdoa meu amor, me perdoa.
CENA 027 - HOTEL - QUARTO 101 - INTERIOR - DIA
Melissa entra no seu quarto do hotel e seu celular toca. Ela pega o celular e atende:
Melissa (no celular) - Oi dona Carmen.
Carmen (no celular) - Tenho uma notícia maravilhosa para te dar.
Melissa (no celular) - O que é?
Carmen (no celular) - Conseguimos nos livrar do Ranulfo. O caminho está livre pra você.
Melissa (no celular) - Não me diga que...
Carmen (no celular) - Mandei matar o intruso, ele está morto.
Close em Melissa, que fica feliz com a notícia dada por Carmen e congela.
Comentários
Postar um comentário