Poder de Mulher - Cap 011

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Produção Original StarTV

Criada e Escrita por Hariane Braga e Leonardo Lima 

PODER DE MULHER                

CAPÍTULO 011

Cena 1: Cobertura dos Fonseca Marques. Quarto. Interior: Tarde

Paulo Augusto confronta Heloá e Dinho

Paulo Augusto – Vadia, piranha, rampeira. Me traindo na minha casa, na minha cama [...]

Heloá – E você acha que é o único que tem o direito de trair? Chifre trocado não dói, querido.

Paulo Augusto – E esse verme, não vai falar nada? Vai ficar me olhando com essa cara de babaca?

Dinho – Se eu sou verme, você é um cornudo, otário. Em todos esses anos, eu e Heloá tivemos um caso. E você? Fazia o que? Ficava assediando a professorinha daquele colégio fracassado, e esquecendo uma mulher maravilhosa em casa, que dá conta do recado na cama.

Paulo Augusto soca a cara de Dinho e os dois trocam socos. Heloá separa a briga e diz:

Heloá – Dinho vá embora, depois converso com você.

Dinho deixa o quarto, Paulo Augusto se levanta e diz:

Paulo Augusto – Então é com esse michê que você me traia.

Heloá – Um michê maravilhoso, gostoso, tesudo, que sabia todos os meus pontos fracos na cama.

Paulo Augusto – Como pude me casar com uma mulher tão baixa? Nem se dá o devido valor.

Heloá – Posso ser baixa, vagabunda, piranha, rampeira, mas não se esqueça de que fiz você crescer como homem. Se você é rico e tem tudo hoje, foi graças aos meus investimentos. Te ensinei ser poliglota e falar mais quatro línguas diferentes, aprendeu a ler e escrever, porque nem isso você sabia. Você é um homem vaidoso, porque antes, andava feito um roceiro nas ruas de São Paulo e se contentava em escovar dentes de cavalo naquele sítio inútil. Se você é um homem importante hoje, foi graças a mim, e claro, orgulhosamente fiquei apagada perto de você.

Paulo Augusto – Você pode ter feito tudo pra mim, mas não muda o fato de você agir feito uma piranha. E vou dizer orgulhosamente,você serviu de tapete, ou melhor, de escada para minha ascensão. Enquanto você, Heloá, continua sendo uma mulherzinha medíocre que por qualquer motivo corre para os braços da sua avozinha.

Heloá – Lave sua boca imunda de merda ao falar da minha avó.

Paulo Augusto – Você nunca gostou da sua avó, agora quer bancar de netinha bondosa? Me poupe. Agora pega suas roupinhas e vá embora.

Heloá – Essa cobertura é minha, o colégio é meu. Consegui passar todos os seus bens para o meu nome. Agora pode voltar para aquele sítio caindo aos pedaços, e ao lado daquela cadela.

Paulo Augusto dá um tapa na cara de Heloá e diz:

Paulo Augusto – Você vai me pagar muito caro por tudo isso. E ei de dar a volta por cima.

Heloá – Você é um merda, um coitado. Já era Paulo Augusto, você perdeu tudo.

Paulo Augusto pega Heloá pelo braço e diz:

Paulo Augusto – Me aguarde, vamos ver quem vai sair ganhando nessa história.

Ao virar as costas e deixar, Heloá ri de Paulo Augusto e promete vingança.

Cena 2: Colégio Santa Paulistana. Diretoria. Interior: Tarde

Isaura estranha Juliana com Sabrina na diretoria e diz:

Isaura – O que está acontecendo aqui?

Juliana – Sabrina me chamou de adultera no pátio.

Sabrina – E por acaso, eu menti? Trabalho com fatos.

Isaura – Juliana pode ir, ficarei aqui com Sabrina.

Juliana deixa a sala e conversa com Sabrina

Isaura – Não admito falta de respeito neste colégio. Espero que você vá se desculpar com a Juliana.

Sabrina – Agora falar a verdade é um crime?

Isaura – Não, não é crime, mas por conta da falta de respeito, você será suspensa e se repetir, será expulsa.

Sabrina – Por mim, faça o que bem entender, não gosto desse colégio fracassado mesmo.

Isaura escreve um bilhete para a suspensão de Sabrina

Cena 3: Salão de Zumba. Belamira. Interior: Tarde

Paula desabafa para Benedita sobre Dinho

Paula – Eu queria tanto assumir um relacionamento com Dinho [...]

Benedita – Aquele michê? Olha, ele não presta, ele fica dando em cima de mim.

Paula – Você não acha que sei disso? Ele é um safado, mas irei mudar o jeito dele.

Benedita – Paula, aprenda uma coisa, pau que nasce torto, morro do mesmo jeito.

Paula – Ah, não fala assim dele. Ele pode ser um pilantra, mas gosto dele.

Benedita – Gosta? Você está apaixonada por ele. E oh, fecha a boca, a baba escorre ai.

Paula – Besta [risos]. Só você mesmo para me fazer rir. Vamos voltar pro zumba que ganhamos mais.

Benedita e Paula retornam ao Zumba

Cena 4: Mansão dos Fonseca Sobral. Sala de estar. Interior: Tarde

Soraia e Generosa conversam durante o café da tarde

Soraia – Se assente Generosa, você é mais que uma empregada, já é da casa.

Generosa –Oh dona Soraia, obrigada. Eu só estou aqui para fazer meus serviços. Desculpe me meter, mas como foi seu exílio?

Soraia – Tive que me exilar por alguns problemas no casamento, depressão pós-parto, muitos problemas envolvidos.

Generosa – Entendi, mas poderia ter ficado entre nós da mansão.

Soraia – Não tinha como, eu precisava de um pouco de paz, ar puro. Olha que durante esses anos, tudo isso me fez bem.

Generosa – Fica nos braços de Deus com o contato da natureza deve ser um sonho.

Soraia – E como, vivi num paraíso, agora, retornarei as rotinas e conhecerei Esmeralda, minha filha.

Generosa – A senhora está certíssima.

Soraia e Generosa conversam

Cena 5: Restaurante Português. Interior: Tarde

Nina e Renan almoça num restaurante português e ela pergunta

Nina – Como foi viver em cativeiro meu filho?

Renan – Foi horrível, sentia muito sua falta e do meu pai. Falando em pai, é verdade o outro lá é meu pai?

Nina – Infelizmente, o Luís Maurício é o seu pai legítimo, eu e ele namoramos quando éramos mais novos. Terminamos, porque ele queria deixar o Brasil a trabalho.

Renan – Não acredito que ele pode ser meu pai, não gostei muito dele.

Nina – Agora é aceitar sua nova realidade. Seu pai mesmo, tem andado sumido.

Renan – O que houve com ele?

Nina – Problemas em família, mas vamos almoçar, senão, vai esfriar.

Renan e Nina almoçam.

Cena 6: Parque Ibirapuera. Exterior: Tarde

Miguel e Tina passeiam no parque e conversam sobre casamento

Miguel – Já que moramos juntos, já podemos nos casar para oficializar nossa união.

Tina – Você não acha que está muito cedo para nos casarmos?

Miguel – Cedo? Tina agora somos uma família constituída com o meu filho que você espera.

Tina – Mas vamos pensar com mais calma.

Miguel avista Luís Maurício gagueja e Tina se desespera:

Tina – O que houve Miguel?

Miguel – Aquele miserável do Luís Maurício. Foi ele que provocou a morte dos meus pais.

Tina fica pasma e Miguel não disfarça a raiva

Fim do capítulo