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Escrita por Daniel Augusto e Danny Augusto com a colaboração de Patrícia Santos e Vinícius Mendes.
Capítulo 026
São Paulo – Capital
Cena 001 // Mansão
de Letícia e Tadeu // Interior // Tarde
Na sala...
(Instrumental tenso)
Henrique – Me responde, eu sei que foi armação sua, não
adianta me enganar.
Diz o rapaz bravo...
Letícia – Quer saber a verdade? Então, foi armação sim, eu
não estava passando mal coisíssima nenhuma, eu fingir tudo aquilo, e cai entre
nos, eu atuo super bem.
Henrique se enfurece...
Henrique – Eu sabia, como você pode mentir desse jeito? Você
estragou o meu final de semana, eu tinha planejado tudo certinho pra comemorar
o aniversario de casamento meu e da Rebeca, você não presta.
Diz o rapaz bravo e triste...
Letícia – Estrago mesmo, minha filha não sai dessa mansão de
jeito nenhum, nem passando por cima do meu cadáver.
Henrique – Você não tem esse direito, ela vai sair sim e em
breve, eu já estou ate vendo uma casa para mim e pra ela.
Letícia – Tenho sim, ela é minha filha, ela vai ficar aqui
na mansão e ponto final, pode desistir dessa compra.
Henrique – Você trata suas filhas como se elas fossem
crianças, e elas não são mais crianças, não percebe isso?
Pergunta o rapaz bravo encarando a víbora...
Letícia – Elas são minhas filhas e eu trato do jeito que eu
achar melhor, e você não tem esse direito de se intrometer nisso.
Henrique – Tenho sim, a Rebeca é minha esposa e ela tem que
viver a vida dela, não a impeça disso.
Afirma o rapaz...
Letícia – Presta muita atenção no que eu vou te falar
Henrique, se você continuar se intrometendo nesse assunto, eu juro que eu acabo
com você e tem mais, a Rebeca não vai sair, e quero ver quem vai tirar ela
daqui, é a minha última palavra.
Em seguida, ela pega o terço e sobe para o quarto...
Henrique – Droga, que inferno de vida, eu não posso deixar
que a Letícia estrague meu casamento, mas não posso mesmo.
Diz o rapaz bravo e pensativo...
Cena 002 // Casa de
Daniel // Interior // Tarde
Na sala...
Regina esta sentada e se levanta...
Regina – Eu vou la no quarto, eu não posso ficar aqui
parada, não posso perder meu casamento por conta da Mariah.
Afirma a doceira...
Tânia – Filha, eu disse que é melhor você ficar aqui, não
piora as coisas entre vocês.
Regina não ouve sua mãe e vai para o quarto do casal...
Tânia fica aflita na sala...
No quarto do casal...
Regina entra no quarto...
Daniel – Eu disse que quero ficar sozinho, não entendeu?
Diz o homem bravo...
Regina – Amor, eu só quero conversar contigo, não quero
ficar brigada por culpa daquela vadia.
Daniel – A culpa disso tudo é sua, ninguém mandou você
agredir a Mariah, agora se acontecer alguma coisa com a nossa filha, você é a
responsável, a Mariah não tem escrúpulos e vai se vingar, pode ter certeza
disso.
Regina – Claro que não, tira essa idéia da cabeça, ela e nem
o Marcelo fariam isso.
Garante a doceira...
(Instrumental
tristeza)
Daniel – Mesmo depois de tudo, você ainda defende o Marcelo?
É isso mesmo que eu ouvi?
Pergunta o homem triste...
Regina – Eu não estou defendendo ninguém, eu apenas disse
que o Marcelo jamais permitiria que a Mariah fizesse mal a nossa filha.
Daniel – Bem que todo mundo fala, eu sou um idiota em estar
casado com você, dá pra perceber que você ama o Marcelo, não adianta você ficar
negando, eu vejo isso nos seus olhos, eu que não queria falar, mas não dava
mais pra guardar dentro de mim isso.
Diz o homem quase chorando...
Regina – Agora você foi longe demais Daniel, duvidar dos
meus sentimentos por você? Acha mesmo que depois de tudo que o Marcelo me fez,
eu ainda continuaria amando aquele sujeito? Acha mesmo hein?
Grita a doceira triste...
Daniel – Acho, eu sempre achei, e agora que você reencontrou
a Mariah, eu tenho certeza que vai correr pros braços dele.
Regina – Eu não mereço ficar aqui ouvindo isso, fica aí
sozinho que você ganha mais.
Ela se retira do quarto chorando e vai para sala e desaba
nos colos de sua mãe...
Na sala...
Tânia consolando Regina...
Tânia – Eu ouvi tudo, eu ainda disse pra você não ir, chora
filha, chorar faz bem, a mãe está aqui com você.
Diz a ex-empresária triste...
Regina continua triste e pensando no que Daniel disse sobre
os sentimentos dela por Marcelo...
Cena 003 // Empresa
do Jonas // Interior // Tarde
Na sala do Victor...
Victor está lendo uns contratos e Tadeu entra...
Tadeu – Mandou me chamar Victor?
Victor – Mandei sim sogrinho, sente-se, quero conversar uma
coisa contigo.
Tadeu se senta...
Tadeu – Não leve a mal não, mas aqui não me chame de
sogrinho, estamos em ambiente de trabalho, acho que não é local apropriado para
isso.
Victor – Ok, não te chamo mais assim aqui, mas enfim, o
assunto no qual quero conversar contigo, é sobre a empresa.
Tadeu estranha...
Tadeu – Aconteceu alguma coisa com a empresa?
Pergunta o empresário preocupado...
(Instrumental tenso)
Victor – Não aconteceu nada, pelo contrário, está indo super
bem, a conversa se trata da empresa, mas meio que pessoal, uma coisa entre mim
e você só.
Afirma o rapaz...
Tadeu – Não estou gostando disso, algo me diz que coisa boa
não é.
Victor se levanta e começa a caminhar pela sala...
Victor – Antes de tomar a decisão sobre isso, eu pensei,
pensei e repensei nas possibilidades que a gente pode ter, se você aceitar a
minha sugestão de sermos parceiros num esquema de desvio de dinheiro, vai embolsar
uma grana preta hein.
Tadeu se surpreende com sugestão de Victor...
Tadeu – Você ficou maluco? Isso é crime, desviar dinheiro,
ainda mais do seu próprio pai, me desculpa, mas eu não vou participar disso.
Victor – Tadeu pensa comigo, a gente vai faturar muito
dinheiro, mais do que a gente já ganha por mês, a gente vai ficar hiper, mega
ricos, aceita vai, faz isso por mim.
Tadeu – A minha resposta é não, eu não vou contribuir com
isso, me inclua fora dessa.
Victor – Eu dobro a sua porcentagem, você fica com setenta
por cento, aceita?
Pergunta o vilão olhando para Tadeu...
Tadeu – A minha resposta continua sendo não, e, por favor,
desista dessa idéia, isso é crime, você pode se dar mal.
Ele se levanta da cadeira e se retira da sala...
Victor – Pode ter certeza que você mudará de idéia rapidinho
sogrinho e eu sei como fazer isso.
Afirma o vilão pensativo...
Cena 004 // Empresa
de Jonas // Interior // Tarde
Na sala da presidência...
Sérgio fica tenso, pois fará um novo serviço para Jonas...
Sérgio – O que eu terei que fazer?
Pergunta o capanga apreensivo...
Jonas – Eu quero você dê um susto na Mariah, a leve para uma
casa abandonada, longe do centro e a prende lá durante a noite inteira e só a
solte quando amanhecer.
Sérgio fica aliviado...
Sérgio – Muito fácil, você que eu faça isso agora?
Jonas – Agora não, espera anoitecer, esse horário ainda tem
gente na empresa do Marcelo, espere todo mundo sair e você age, é melhor e mais
seguro.
Sérgio – Pode deixar, eu farei isso pro senhor.
Jonas abre a gaveta, pega um frasco e entrega para Sérgio...
Jonas – Com esse frasco, você vai a fazer dormir, assim fica
mais fácil de você pegar ela, porém não use muito isso.
Sérgio – Entendi, mas como ela vai desmaiar com isso?
Jonas – Molhe um pouquinho no pano e coloca na boca e no
nariz dela, logo que ela cheirar, ela irá desmaiar.
Sérgio – Ok, entendi, vai sair do jeito que você mandou
chefe.
Jonas – Assim espero, depois disso a Mariah vai pensar duas
vezes em querer se meter nos meus negócios.
Afirma o vilão confiante...
Anoitece...
Rio de Janeiro – RJ
Cena 005 // Fazenda
// Bosque // Interior // Noite
Dentro da mata...
Paula e Fernando continuam andando pela mata no bosque...
Paula – Eu não sei o que fazer, estou morrendo de medo e
cansada de tanto andar.
Diz a jovem desanimada...
Fernando – Calma, a gente vai achar um lugar para descansar
e depois pensar num jeito de sair daqui.
Paula – Olha ali na frente, parece que tem uma casa, será
que tem gente lá?
Fernando – Não sei, acho melhor a gente ir lá ver, quem sabe
a gente não encontra ajuda.
Os dois seguem para a casa abandonada...
Paula – Bate na porta, eu estou morrendo de medo.
Diz a jovem aflita...
Fernando bate na porta...
Fernando – Tem alguém aí? Ei?
Grita o jovem...
Paula – Encontrou alguma coisa amigo? Tem gente aí?
Fernando – Não, mas eu vou abrir a porta e a gente entra.
Paula – Ok, abre isso logo.
Fernando abre a porta e eles entram e não encontram
ninguém...
Fernando – Pelo jeito não tem ninguém aqui, é melhor a gente
passar a noite aqui e amanhã tentaremos sair daqui.
Paula – Tem razão, é melhor mesmo, eu só preciso me sentar
um pouco, eu to muito cansada.
Ela se senta na cadeira e respira aliviada...
Fernando – Eu vou procurar algo pra gente comer, você fica
bem sozinha por um momento? Prometo que não vou demorar.
Paula – Fico, eu tento acender essa lareira, me lembrei que
tenho isqueiro no bolso.
Fernando – Já volto.
Ele se retira da casa e Paula tenta acender a lareira e
consegue...
São Paulo – Capital
Cena 006 // Favela
// Interior // Noite
Dentro do barraco de Bola...
Bola e Alex estão aguardando a chegada de Jacaré...
Alex – Será que ele ainda sabe onde tu mora pai?
Bola – Sabe sim, geral aqui o conhece desde pequeno, não tem
como Jacaré errar.
Alguém bate na porta
do barraco...
Alex – Deixa que eu abro pai, fique esperto.
Bola carrega sua arma...
Bola – Eu sempre estou esperto filho, pode abrir a porta.
Alex abre a porta e é Jacaré...
Jacaré – Foi mal a demora, os tiras estavam me seguindo, ai
eu tive que dispista-los.
Em seguida, Jacaré entra no barraco...
Alex – Esses caras não desistem nunca, por mim deveria estar
todos mortos, ta ligado?
Bola – Chegam de conversa, trouxe aquela parada pra mim
mano?
Jacaré – Sim, estão aqui nessa caixa.
Ele mostra a caixa com as drogas e entrega para o Bola...
Bola – Perfeito, já estava na hora delas chegarem, preciso
urgentemente abastecer meus vendedores de drogas.
Jacaré – Eai, qual será meu pagamento? Eu quero muito
dinheiro, me arrisquei demais pra trazer essas paradas pra você, então eu
merece mano muito.
Bola – Ta ligado como nosso esquema funciona né?
Pergunta o traficante encarando o bandido...
Jacaré – Sim, por que mano?
Pergunta o bandido tenso...
Bola – Então deve saber como ele funciona né, acho que eu
não preciso mais dizer como é o pagamento no meu morro, fui claro meu chapa?
Jacaré – Como assim? Quer dizer que não tem pagamento cara?
Fiz o serviço de graça?
Bola dispara três tiros em Jacaré, o bandido cai morto...
Bola – Pra esse tipo de serviço, ou é cadeia ou é cemitério,
eu escolhi o cemitério pra ele.
Alex – Pai, olha o que você fez, ele ta morto.
Diz o jovem surpreso...
Bola – Filho, você sabe muito bem a minha lei aqui no morro,
eu não podia deixar ele vive, eu estaria correndo o risco dos tiras virem me
pegar, aprende isso filho.
Em seguida, ele paga a caixa com as drogas e sai do
barraco...
Alex – O que eu vou fazer pra tirar esse corpo daqui?
Diz o jovem pensativo...
Cena 007 // Mansão
de Letícia e Tadeu // Interior // Noite
No quarto de Clara e Victor...
Clara está se vestido e vê novamente o cartão de Fabrício...
Clara – Não é possível outra vez eu vendo o cartão desse
rapaz, eu vou guar... Acho que vou ligar pra ele e chamá-lo pra sair.
Ela pega o celular e liga para Fabrício...
INÍCIO DA LIGAÇÃO
Clara – Alô? É o
Fabrício que está falando?
Fabrício – Oi sou sim,
quem gostaria?
Clara – Sou eu, a
jovem que pagou o arroz pra você hoje, lembra?
Fabrício – Claro, é
impossível não se lembrar dessa pessoa maravilhosa que você é.
Clara – Obrigada pelo
elogio, mas enfim, queria saber se você não ta a fim de comer uma pizza comigo?
Por minha conta.
Fabrício – Claro,
onde?
Clara – Na pizzaria
perto daqui de casa, eu vou mandar meu motorista te pegar aí na sua casa,
dentro de 30 minutos ele chega aí.
Fabrício – Ok, eu vou
me arrumar, obrigado.
Clara – Eu que
agradeço.
FIM DA LIGAÇÃO
Fabrício começa a se arrumar rapidamente e Clara ordena que
seu motorista busque Fabrício...
Rio de Janeiro – RJ
Cena 008 // Fazenda
// Bosque // Interior // Noite
Na casa abandonada...
Paula e Fernando estão comendo algumas frutas que ele
conseguiu achar...
Fernando – Graças a Deus, elas estavam perto daqui.
Paula – Eu já estou satisfeita, muito obrigada Fernando.
Fernando – Não precisa agradecer, fiz mais do que minha
obrigação, por minha culpa acabamos se perdendo.
Paula – Sua nada, a culpa é minha também, me distraí
conversando com você.
Fernando se aproxima de Paula...
Fernando – Acho que agora estou entendendo, algum propósito
tem nisso.
Paula – Como assim? Não vejo nenhum propósito nisso.
(Ao fundo toca a
música Do Alto Da Pedra – Rosa de Saron)
Fernando – Isso é impossível de entender, a única coisa que
eu sei, é que estou na companhia da melhor pessoa que eu já conheci em minha
vida, vou te confessar algo, hoje cedo, quando eu te vi lá no salão da igreja,
alguma coisa mudou em mim, eu não sei o que é, mas eu sinto que mudou.
Diz o jovem olhando para Paula...
Paula – Acho que mudou em mim também, me sinto outra pessoa
quando estou conversando contigo, tocando nisso, percebo que tem mesmo um
propósito.
Fernando – A gente não nos perderia a toa, eu acho que estou
gostando de você.
Em seguida, ele beija a jovem e ela não resiste e
corresponde o beijo dele... Eles se deitam sob o lençol que acharam na casa, e
continuam se beijando...
Fernando – Agora tenho certeza que algo novo está brotando,
e acho que é amor.
Paula – Você é muito fofo e eu adoro pessoas assim.
Eles voltam a se beijarem... Fernando começa a tirar a roupa
de Paula e depois a dele e em seguida começam a transarem...
Entre O Certo e O
Errado
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