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Escrita por Daniel Augusto com a colaboração de Danny Augusto.
Último Capítulo
Capítulo 073
Campinas-SP
Cena 001 // Mansão
de Cristina // Interior // Tarde
Na sala...
Inês continua apontando na direção de Diego...
Glalber – Não atire nele Inês, eu te peço.
Diz o jovem desesperado...
Inês – Olha, olha, o filho da Nilcéia é corajoso, ta com
medo de perder o namorado, da mesma forma que perdeu a mãe, eu tive um imenso
prazer de ter matado ela.
Glalber – Desgraçada, você ainda vai pagar pela morte dela,
pode ter certeza.
Diego – Amor, não provoca essa bandida, ela quer mesmo é me
matar pra ter o caminho livre e tomar tudo que é do meu pai.
Afirma o jovem com medo...
Inês – Cala a boca, ou senão eu vou atirar em você, além do
mais acho que é isso que vou fazer, vou te matar Diego.
Diego começa a suar frio e treme...
Glalber – Não precisa disso Inês, vamos negociar.
Inês – Não tem nenhuma negociação, eu vou matar ele e está
decidido, depois eu vou fugir para bem longe daqui, ninguém nunca vai me achar,
hahaha.
Glalber fica em estado de choque ao ver Diego na mira do
revolver...
Diego – Pelo amor de Deus, não me mata Inês, não há
necessidade disso.
Diz o jovem quase chorando...
Inês dispara e o tiro acerta no espelho, que se parte em
vários pedaços...
Inês – O próximo vai ser em você Diego, se não calar essa
sua boca nojenta.
Afirma a vilã com raiva...
Diego fica cada vez mais com medo de morrer...
Cena 002 // Barracão
// Interior // Tarde
Dentro do barracão...
Amanda está no chão desacordada e Hugo está com a arma
apontada na direção da jovem...
Elvira – Atira logo imbecil, mata essa menina logo.
Hugo começa a tremer e solta à arma...
Hugo – Desculpa, mas eu não consigo matar ela.
Afirma o bandido...
Elvira – Mas é um fraco mesmo, não tem coragem de matar uma
pessoa, me dá essa arma agora.
Hugo – Eu não sou um assassino Elvira, eu não posso fazer
isso.
Elvira pega a arma da mão dele e dispara dois tiros no
cúmplice, que cai morto no chão...
Elvira – Todo mundo é capaz de matar, e você acabou morrendo
por não ter coragem de matar a Amanda.
Diz a vilã com raiva...
Elvira – Já que ele não teve coragem, eu mesmo faço isso.
No momento que a vilã iria atirar, Amanda começa a
acordar...
Elvira – Droga.
Amanda – Onde eu estou? Eu não me lembro de nada.
Ela se levanta e vê Elvira na sua frente...
Amanda – Mãe? O que a senhora está fazendo aqui?
Pergunta a jovem confusa...
Elvira – Eu que trouxe você aqui querida, vamos ter uma
conversa de mãe pra filha.
Diz a vilã sorrindo para a filha...
Amanda – Meu Deus, tem uma pessoa morta aqui, foi a senhora
que matou ele?
Elvira – Aham, você terá o mesmo destino que ele minha
filha, eu não queria fazer isso, mas você não me deixa escolha.
Diz a vilã apontando a arma na direção da filha...
Amanda – Teria coragem de matar a sua única filha?
Elvira – Eu tenho coragem de tudo Amanda, coragem é que não
me falta, a culpa foi sua e daquele seu namoradinho vagabundo.
Diz a vilã com raiva...
Amanda – A gente não tem culpa das suas burradas mãe, não
somos responsáveis por isso.
Elvira – São sim, desde do primeiro dia que o Anderson pisou
dentro de casa, desde quando você assumiu ele como namorado, roubou ele de mim.
Diz a vilã quase chorando...
Amanda – O que você disse?
Pergunta a jovem sem entender...
Elvira – Você roubou o Anderson de mim, eu sempre fui
apaixonada por ele, era pra eu ter ficado com ele e não você.
Amanda – Não estou acreditando nisso, você apaixonada pelo
meu namorado?
Elvira – Sim, desde primeiro dia que eu o vi, tudo que eu
fiz, foi na intenção de separar vocês dois, mas não deu certo, ele continua com
você.
Amanda – Ele sempre vai ser meu, sabe por quê? Porque ele me
ama e eu amo ele mãe e ninguém nem mesmo a senhora poderá mudar isso.
Elvira – Já que eu não posso ter ele, você também não vai
ter ele.
A vilã carrega a arma e aponta na direção de Amanda...
Elvira – Você vai morrer filha, vai fazer companhia para seu
pai no inferno.
Afirma a vilã olhando friamente para Amanda...
Cena 003 // Mansão
de Cristina // Interior // Tarde
Na sala...
Inês – Como eu sempre tive essa vontade de querer te matar Diego,
você sempre foi uma pedra no meu caminho, por sua culpa nunca consegui ter
acesso total na fortuna de Eduardo, aquele dinheiro que por direito é meu.
Grita a vilã nervosa, com a arma na mão...
Diego – Que direito? Você nunca foi nada da família, nem
chegou a se casar com o meu pai.
Inês – Culpa do irmão desse Glalber, o nomezinho feio esse
hein, Glalber, não sei na onde sua mãe tirou a idéia de colocar esse nome em
você.
Glalber – Foi o meu pai que colocou, e eu tenho muito
orgulho do meu nome.
Inês – Hahaha, duvido.
Diego – Qual é o seu jogo hein Inês? O que você quer pra
deixar a gente vivo? Eu pago qualquer coisa.
Inês – Eu não quero dinheiro, eu quero sua morte Diego, eu
quase consegui te matar, pena que a enfermeira Kelly chegou naquela hora, ai
que raiva que eu fiquei era pra você estar morto agora.
Diz a vilã com raiva...
Diego – Então você mandou o Miguel me matar aquele dia.
Inês – Sim mandei, mas como ele foi burro eu acabei matando
ele, o destino é muito cruel não é mesmo? Hahahaha.
Glalber – Você é doente, uma louca isso.
Inês – Então quer ver o que uma louca faz?
Ela aponta a arma na direção de Glalber...
Inês – Depois que o seu irmão me desmascarou pra polícia, eu
jurei que iria me vingar, eu posso começar por você agora Glalber.
Glalber – Mata então, não é isso que você quer? Me mata sua
cretina miserável.
Diz o jovem encarando a vilã...
Cena 004 // Casa de
Nandinho // Interior // Tarde
Na sala...
Nandinho – Você fez isso João? Você matou uma pessoa?
Pergunta o jovem decepcionado...
João – Sim, eu matei a Duda a melhor amiga da minha tia.
Afirma o vilão...
Nandinho agride João...
Nandinho – Depois dessa, você pode fazer o favor de me
esquecer e nunca mais me procurar.
João se entristece e não diz nenhuma resposta...
Policial – Podem algemar ele.
João é algemado e levado para a delegacia...
Enquanto isso na
delegacia...
Regina chega e pede para falar com João...
Regina – Boa tarde, eu gostaria de falar com o João, onde
posso vê-lo?
Pergunta a dona de casa triste...
Policial – Ele ta na cela dele, mas você pode ver ele na
sala de visita, vou te acompanhar até lá.
Regina – Obrigada.
Regina acompanha o policial até a sala de visita...
Na sala de visita...
Regina está sentada na cadeira e João chega algemado...
Policial – Vou deixar vocês a sós.
O policial se retira...
João se senta na cadeira, de frente para Regina...
João – Pode começar a me xingar, eu sei que você veio aqui
para isso.
Afirma o jovem...
Regina – Não, eu não vou te xingar, não vou te bater, apesar
que você merecia, mas vou deixar pra vida fazer isso, eu só quero entender o
motivo de você ter matado a Duda, ela nunca te fez nada, por que fez isso João?
Por quê?
Pergunta a dona de casa decepcionada...
João – Quer mesmo que eu diga tia? Então vou dizer, ela me
ameaçou , disse que me entregaria para a polícia, pois viu eu uma vez bater no
meu pai, eu não tive escolha, com medo de ser preso, eu matei a Duda.
Regina – Você bateu no seu pai João?
João – Sim, eu fiz isso uma vez, ai a Duda me viu fazendo
isso e me chantageou, ela queria que eu fosse pra cama com ela, em troca ela
não iria me denunciar.
Regina fica surpresa...
Regina – Você só me dá desgosto João, quanta coisa de errada
você fez, olha pra você João, se tornou um assassino, matou a Duda, armou
coisas contra o Diego, eu sinto vergonha de você.
Diz a dona de casa quase chorando...
João – Ainda tem mais tia, eu não matei só a Duda, eu matei
outra pessoa também.
Regina – Quem?
João – Eu matei o meu pai, eu armei para ele cair, ele não
caiu sozinho, fui que o matei.
Diz o jovem chorando...
Regina – Não acredito nisso, como teve a coragem de fazer
isso com o seu pai? O homem que sempre te amou e te criou quando a sua mãe
morreu.
A dona de casa se levanta e começa a bater no sobrinho...
João – Para tia, para, ta me machucando.
Regina – É pra machucar mesmo, pra você sentir na pele o que
eu senti quando o meu irmão morreu, seu assassino.
Diz a dona de casa chorando...
João – Tia, eu estou arrependido de ter feito isso, me
perdoa.
Regina – Pedir perdão não vai trazer ninguém de volta, quer
saber de uma coisa João, quero que você aprodessa na cadeia, quero que você
sofra muito quando for pro presídio.
Em seguida, ela pega a bolsa e vai embora da sala de
visita...
Cena 005 // Mansão
de Cristina // Exterior // Tarde
Dentro do carro de
Eduardo...
Eduardo – Está entregue.
Cristina – Não precisava ter me trazido, eu só aceitei porque
você disse que queria conversar com o Diego, se não fosse isso, eu não teria
aceitado.
Eduardo – Sei, duvido que você não sente nada por mim.
Cristina – Se for começar esse assunto outra vez, eu vou
mandar você ir embora.
Eduardo – Não está mais aqui quem falou.
Cristina – Vamos descer?
Eduardo – Vou abrir a porta, como um bom cavaleiro faz.
Eduardo desce e abre a porta para Cristina...
Do lado de fora...
Cristina – Obrigada, e, por favor, não tenta me agradar, eu
odeio isso Eduardo.
Eduardo – Eu só quis ser gentil com você.
Cristina – Mas eu não quero que seja, estamos entendidos?
Eduardo sorri para Cristina, em seguida eles entram no
quintal da mansão...
Enquanto isso dentro
da mansão, o clima está tenso...
Glalber e Inês se
encaram...
Diego – Não provoca ela Glalber, ela vai te matar de
verdade.
Grita o jovem desesperado...
Inês – Eu gosto de ouvir esses seus gritos Diego.
Glalber – Você é doente Inês, deveria se tratar.
Diz o jovem com raiva...
Do lado de fora...
Margarida consegue se soltar e vê Eduardo e Cristina
chegarem...
Margarida – Cris, Cris, a Inês está fazendo os meninos de
reféns.
Cristina – O que você disse?
Margarida – Ela invadiu a mansão, e está ameaçando matar o
Diego e o Glalber.
Eduardo e Cristina escutam os gritos de Diego...
Cristina – Ela vai matar o nosso filho, Eduardo temos que
fazer alguma coisa.
Diz a empresária desesperada...
Eduardo – Margarida vai chamar a policia, eu e a Cris, vamos
tentar impedir essa louca.
Margarida – Ok
A empregada se retira, e Eduardo e Cristina correm para
dentro da mansão...
Dentro da mansão...
Eduardo e Cristina entram desesperados...
Inês – Olha, o casal chegou pra defender a cria deles.
Eduardo – Não machuque o Diego e nem o Glalber, eu só te
peço isso Inês.
Inês – Você não está em condição nenhuma de me pedir as
coisas Eduardo, seu mão de vaca.
Afirma à vilã...
Cristina – Você está completamente louca Inês, o seu
problema é comigo e com o Eduardo, deixe os meninos fora disso.
Diz a empresária desesperada...
Inês – Olha a traída, a louca aqui é você, não sou eu não.
Eduardo – Abaixe essa arma Inês, não é assim que vamos conseguir
resolver nossas indiferenças.
Inês – Você não pensou em conversar, quando demitiu o meu
pai, ele morreu por sua culpa Eduardo, e agora o seu filho vai morrer também e
todos que estão aqui dentro dessa sala.
A vilã carrega a arma...
Cristina, Eduardo, Glalber e Diego ficam tensos...
Cena 006 // Barracão
// Interior // Tarde
Dentro do
barracão...
Amanda – Mãe, você não sente nenhum amor por mim? Vai querer
mesmo me matar?
Pergunta a jovem chorando...
Elvira – Antes eu sentia, mas depois que você começou a
namorar com o Anderson, o meu amor por você filha, se tornou ódio, raiva, a
minha vontade era mesmo te matar aquela vez que você caiu, eu te soltei de
propósito.
Afirma a vilã com raiva...
Amanda lentamente se aproxima de Elvira...
Amanda – Não precisa fazer isso mãe, eu juro que posso
terminar com o Anderson e você fica com ele.
Elvira – Isso é conversa pra boi dormir, duvido que você
desistisse dele.
Diz a vilã rindo...
Amanda – Eu desisto mãe, pela minha vida eu abro mão de
qualquer coisa.
Elvira abaixa a arma, nesse momento, Amanda parte pra cima
da mãe, e as duas tem uma luta corporal...
Amanda – Você não vai fazer mal a mais ninguém, já chega.
Diz a jovem tentando pegar a arma...
Elvira – Eu vou matar você e depois matar o vagabundo do
Anderson, quero ver quem vai me impedir de fazer isso.
Amanda e Elvira disputam a arma e de repente um tiro é
ouvido...
Cena 007 // Mansão
de Cristina // Interior // Tarde
Na sala...
Todos que estão na sala escutam a cirene da polícia...
Inês – Desgraçado você chamou a polícia, seu verme?
Pergunta a vilã brava...
Eduardo – Chamei sim, sua bandida desgraçada, você não tem
como fugir.
Cristina – Se entrega Inês, é a melhor coisa que você faz.
Inês – Eu não vou ser presa, de jeito nenhum.
Glalber e Diego começam a se aproximar um do outro...
Eduardo – Não tem como fugir, a casa inteira ta cercada, fim
da linha pra você, eu nunca imaginei que eu diria isso.
Diz o empresário decepcionado...
Inês – Eu nunca te amei Eduardo, eu só armei aquele
flagrante, por que eu queria tomar tudo que é seu.
Cristina – Armação? Aquele flagra que dei em vocês era
armação?
Pergunta a empresária surpresa...
Inês – Era sim, sempre foi armação, e você como é burra não
percebeu, hahaha, foi tudo planejado, eu e o Miguel planejamos cada detalhe.
Eduardo e Cristina se olhem...
Nesse momento, Julio Cezar entra na mansão...
Julio - Mãos para o alto Inês, você está presa.
Inês – Isso que veremos.
Começa uma tensa troca de tiros na sala da mansão, Cristina,
Eduardo, Glalber e Diego se abaixam...
Julio – Não adianta fazer isso Inês, a gente vai pegar você.
Os tiros cessam... Inês pega a arma, aponta na direção de
seu peito, antes ela bebe uma água e diz...
Inês – Eu prefiro morrer, do que a prisão.
A vilã dispara contra si mesma, ela lentamente cai no chão
morta... Julio Cezar se aproxima e percebe que ela está mesmo morta...
Julio – Ela se matou, que mulher louca meu Deus.
Eduardo abraça Cristina que está em estado de choque, e
Diego e Glalber se abraçam também...
Ao som de “Carolina
Marquez – The Killer’s Song, mostra a passagem de alguns dias
Cena 008 // Rua //
Manhã
Praça...
Amanda e Anderson estão voltando do médico, de uma consulta
de rotina...
Amanda – Graças a Deus a nossa filha passa bem mor.
Diz a jovem tranqüila...
Anderson – Fiquei tão preocupado quando a sua mãe te
seqüestrou, achei que nunca mais iria ver você.
Amanda – Nunca esperei isso dela, ela fez tudo isso porque
gostava de você, te amava.
Afirma à jovem...
Anderson – Eu nunca namoraria sua mãe, ela tem idade para
ser minha mãe.
Anderson e Amanda começam a riem...
Aurora se aproxima...
Aurora – Amanda do céu, você não sabe da última.
Diz a senhora preocupada...
Amanda – O que houve? Aconteceu alguma coisa?
Aurora – A sua mãe, ela anda brigando com todas as
presidiárias no presídio.
Anderson – Elvira sendo Elvira, ela nunca aprende
impressionante.
Enquanto isso no
presídio...
Elvira é levada para a solitária...
Elvira – Me larguem seus merdas, me larguem.
Diz a vilã com raiva...
Agente Penitenciaria – Você vai passar um bom tempo trancada
nessa solitária.
Afirma a agente penitenciaria...
Elvira é jogada para dentro da solitária e em seguida é
trancada...
Elvira – Vocês não podem fazer isso comigo, não podem, me
tirem daqui, me tirem daqui, bando de otários, quem vocês pensam que são para
trancafiar Elvira Santana? Vocês só podem estar loucos, seus bandos de loucos,
desgraçados, filhos da mãe, quando eu sair dessa desgraça, vocês vão morrer,
vou matar um por um, estão me ouvindo, seus idiotas, cretinos, vadios.
Grita à vilã, batendo na porta da solitária...
Cena 009 // Presídio
Masculino // Interior // Manhã
Na sala de visita...
João – Quem quer falar comigo?
Pergunta o rapaz curioso...
Policial – Você já vai saber João, entra aí.
João – Espero que não seja a minha tia, não suportaria ter
que olhar para a cara dela novamente.
João entra na sala de visita e se surpreende ao ver Diego...
João – Você aqui?
Diego – Precisamos ter uma conversa não acha?
Pergunta o jovem encarando João...
João – Depois de tudo que eu fiz pra você e pro seu
namorado, ainda quer conversar comigo?
João se senta na cadeira, e em seguida Diego...
Diego – Nada do que uma boa conversa não resolva, não é
mesmo?
João – Diga, o que você quer tanto me falar.
Diego – Sabe, quando eu te conheci, sonhei tanto que
fossemos dar certo, sonhei que a gente iria se casar, ter uma família, acho que
todo mundo sonha com isso.
João – Ai eu estraguei tudo, te contaminei, eu já sei tudo
que você vai falar, vai me julgar, me xingar, se for isso é melhor você ir
embora Diego, não to afim de brigar.
Afirma o presidiário...
Diego – Não sou de julgar as pessoas João, e o que eu
ganharia te xingando? Eu vim aqui te falar que apesar de tudo de ruim que fez
comigo, eu te perdoou, eu não quero o seu mal João, entenda isso, aquele dia
que te espanquei foi em um momento de raiva, só isso. João presta atenção, você
pode recomeçar sua vida, depois que sair daqui.
Diz o jovem emocionado...
João – Eu queria recomeçar minha vida ao seu lado, eu te amo
Diego, eu sempre te amei, quando eu me dei conta, já era tarde demais.
Diz o presidiário quase chorando...
Diego – Infelizmente isso não será possível, eu já to de
casamento marcado com o Glalber, é ele que eu amo você teve a sua chance, porém
desperdiçou agindo de má fé.
João começa a chorar...
João – Eu não queria que as coisas chegassem assim, se eu
tivesse feito diferente eu poderia estar com você hoje.
Diz o presidiário segurando as mãos de Diego...
Diego – Agora não adianta ficar chorando pelas coisas que
não fez, presta atenção João, você quando sair daqui, vai ter a chance de ter
uma vida nova, todos nos mereceremos uma segunda chance, e se precisar de mim
eu vou te ajudar, eu serei seu amigo.
Afirma o jovem...
João – Você é uma pessoa especial Diego, consegue ser tão
bom, a ponto de perdoar a pessoa que te fez tanto mal, que destruiu a sua vida.
Diego – Eu aprendi que ter raiva e ódio de você não
adiantaria em nada, vem cá me dar um abraço.
João e Diego se abraçam...
João – Obrigado por ter vindo me ver, por ter se importado
comigo.
Diz o presidiário emocionado...
Diego – Não precisa agradecer, eu fiz o que era o certo, vai
dar tudo certo, não desanima.
João – Vou pensar em tudo que você disse, e tem mais uma
coisa, diz pro Glalber, que eu estou arrependido de ter jogado a pedra nele.
Diego – Vou dizer, preciso ir, fica bem viu.
João – Vou ficar, mais uma vez obrigado Diego.
Diego e João sorriem um para o outro e em seguida, o rapaz
vai embora...
Ao som da música
“Blister – Seether” é mostrado uma passagem de tempo de três meses
Cena 010 // Mansão
de Eduardo // Interior // Manhã
Na sala...
A campainha toca...
Eduardo – Deixa que eu abro, deve ser o Diego e o Glalber.
O empresário vai abrir a porta e Diego e Glalber entram em
silêncio...
Eduardo – Estão tão quietos, aconteceu alguma coisa?
Pergunta o empresário desconfiado...
Diego – Medo define nosso silêncio Eduardo.
Eduardo – Não precisam ter medo, eu não vou machucar ninguém
filho, sentam-se, prometo que vai ser rápido.
Afirma o empresário...
Glalber – Assim espero, aquela ultima conversa nossa você
quase me bateu.
Eduardo – Pois bem, eu chamei vocês dois aqui hoje pra gente
ter uma conversa, eu percebi esses meses que passou, que eu estava errado, eu
não deveria ter brigado com vocês, principalmente com você meu filho, eu agi
errado te agredindo daquela maneira, sua mãe esteve aqui esses dias e me contou
da doença filho.
Diz o empresário quase chorando...
Diego – Pai, não quero falar sobre a doença, eu ainda to
tentando superar ela, eu não contei por medo, eu estava morrendo de medo da sua
reação, de você querer me rejeitar.
Diz o jovem quase chorando...
Eduardo – Eu entendo filho, me perdoa por ter tratado vocês
daquele jeito que eu tratei, eu não sou aquilo que vocês pensam, eu não tenho
preconceito. Foi influência daquela desgraçada da Inês, por culpa dela eu
destrui a minha família.
Diego – Pai, a gente te perdoa, eu compreendo que para você
é difícil aceitar isso, o fato do seu único filho ser gay, você tinha outros
planos para mim, eu até respeito, mas eu não posso vivê-los, eu estaria
enganando a mim mesmo, eu sou aquilo que eu sou e não aquilo que você imaginava
de mim, entenda isso.
Afirma o jovem emocionado...
Glalber – E você aceita o nosso namoro agora? Você abençoa o
nosso casamento hoje?
Pergunta o jovem apreensivo...
Eduardo – Claro que aceito, e desejo que vocês sejam felizes
para sempre, vivam o que eu não vivi, e lembre-se eu estarei aqui sempre que
precisar, podem contar comigo e você filho, quero que você saiba, que eu te amo
muito, muito mesmo.
Diz o empresário emocionado...
Diego – Eu também te amo pai, te amo muito.
Os dois se abraçam emocionados...
Cena 011 //
Apartamento de Marcos // Interior // Manhã
Na sala...
Manoela – Já pegou tudo amor? Não podemos perder o avião.
Diz a ex-modelo apreensiva...
Marcos – Já sim amor, mas antes eu preciso deixar um bilhete
para o Glalber, é o casamento dele hoje e infelizmente não vai dar para
participar.
Manoela – Eu vou levando as malas lá embaixo, o táxi já está
esperando a gente.
Ela pega as malas e em seguida desce... Enquanto isso,
Marcos pega uma folha e uma caneta e escreve um bilhete para Glalber...
“Maninho, eu sei que você deve estar chateado
por eu não participar do seu casamento, mas a Manoela retornou e precisa voltar
imediatamente para a Europa, e eu vou ter que ir junto, mas antes de ir, eu
deixo esse apartamento para você e para o Diego, e parabéns para vocês, sejam
felizes e não deixe que ninguém e nada nesse mundo separarem vocês dois, amo
você irmão, fica com Deus”
Em seguida, ele deixa a folha em cima da mesa, junto com uma
foto deles... Depois ele tranca o apartamento e desce. Ele e a mulher entram no
táxi e vão para o aeroporto, chegando lá eles embarcam para Europa, lembrando
que Marcos foi absolvido pela justiça.
Goiás
Cena 012 //
Apartamento de Lucas // Interior // Tarde
Na sala...
Lucas e Regina chegam ao apartamento dele...
Lucas – Aqui que a gente vai morar amor, gostou?
Pergunta o rapaz curioso...
Regina – Não gostei, eu amei amor, que lugar mais lindo.
Lucas pega Regina pela cintura e diz...
Lucas – Eu fiz isso pensando em você amor, cada coisa que
coloquei aqui.
Regina – Não é que ele tem bom gosto, esse meu gostosinho,
amo você.
Lucas – Eu também amo você meu amor.
Eles se beijam em seguida...
Regina – Depois de tudo que eu passei com o meu sobrinho,
nada melhor de recomeçar minha vida em outro lugar e ao lado da pessoa que eu
amo.
Diz a dona de casa emocionada...
Lucas – Vou fazer você esquecer-se de tudo que aconteceu, e
deixa o João de lado, ele vai pagar por tudo que fez.
Regina – Vamos esquecer sim, tem coisa melhor pra se fazer.
Eles se beijam de novo...
Ao som de “Save
Today – Seether” mostra os preparativos da festa de casamento de Diego e
Glalber na praia
Ubatuba
Cena 013 // Hotel //
Interior // Noite
No quarto de Glalber e Diego...
Chiara bate na porta...
Diego – Acho que é a Chiara com a nossa roupa amor.
Diego abre a porta...
Chiara – Olá Diego, como vai?
Eles se cumprimentam...
Diego – Vou bem, essa é a nossa roupa não é mesmo?
Chiara – Claro que sim, estão as duas aqui, do jeito que
vocês pediram.
A estilista entrega as roupas para os dois...
Diego – Ai, eu amei, ficou perfeito Chiara.
Diz o jovem feliz.
Chiara – E você Glalber gostou?
Glalber – Gostei me surpreendeu pela qualidade.
Chiara – Obrigada, antes de eu ir, quero desejar a vocês
dois, muitas felicidades, e me desculpa por não poder participar, tenho outros
compromissos.
Ela abraça os dois...
Diego – Nos que agradecemos a você por ter feito a nossa
roupa de casamento, estou muito feliz por isso.
Glalber – Mais uma vez obrigado.
Chiara – Bom, agora tenho que ir, beijos meninos até mais.
Ela se retira do quarto e Diego e Glalber começam a se
trocarem...
Cena 014 // Local do
casamento // Noite
Os convidados já estão chegando... E Cristina vai recebendo
todos que chegam...
Enquanto isso...
Amanda – Vamos lá falar com a Cris e com o Edu sobre aquilo
que conversamos amor
Anderson – Acho que agora não é o bom momento amor.
Por coincidência, Eduardo se aproxima...
Eduardo – Boa noite, que bom que vocês vieram.
Amanda – Não poderia deixar de prestigiar esse momento lindo
da vida do Diego, faz tempo que não o vejo.
Eduardo – Ele ta no hotel com o noivo, mas já já ele vem e
você vê ele.
Anderson – Esta muito bem decorado hein Edu, está de
parabéns.
Eduardo – Foi a Cris que arrumou tudo, ela tem um bom gosto
não é mesmo?
Amanda – Pelo que conheço dela, ela sempre foi uma boa
decorada.
Anderson – Você poderia chamar ela Edu? Precisamos falar com
você dois e precisa ser agora, antes do casamento.
Amanda – Prometemos que não vamos demorar.
Eduardo – Vou ir lá chamar ela, já volto.
Eduardo se retira...
Amanda – Espero que ela aceite amor, to com medo deles não
aceitarem.
Anderson – Relaxa amor, eles já estão vindo.
Eduardo e Cristina se aproximam de Amanda e Anderson...
Cristina – Oi Amanda, quanto tempo que não vejo você.
As duas se abraçam...
Amanda – É verdade, nunca mais fui à sua casa, tive uns
problemas pessoais, mas graças a Deus já foram resolvidos.
Cristina – Que bom né, mas enfim o Eduardo disse que vocês
dois queriam falar com a gente.
Amanda – Sim, mas antes de tudo deixa-me apresentar o meu
namorado, Anderson.
Anderson – Muito prazer.
Cristina – Lindo nome, eu tinha um amigo com esse nome, mas
infelizmente ele morreu.
Ela cumprimenta Anderson...
Amanda – Eu vou direto ao assunto, eu e o Anderson
gostaríamos de que vocês fossem padrinhos de Clara, nossa filha.
Diz a jovem aflita...
Anderson – Vamos entender se não quiserem aceitar.
Eduardo – Por mim, eu aceito.
Afirma o empresário...
Amanda – E você Cristina aceita ser madrinha?
Cristina – Claro que aceito, porque não aceitaria? Irei com
muito gosto.
Amanda – Obrigada Cris, estou muito feliz por terem
aceitado.
As duas se abraçam e se sorriem uma para outra...
Ao som da musica
“Indispensável para mim – Banda Malta” mostra os restantes dos convidados
chegarem
Cena 015 // Local do
casamento // Noite
Diego e Glalber chegam juntos para a cerimônia do casamento
deles...
Diego – O meu sonho está se realizando amor, olha que lindo
está esse lugar, a luz de velas, to muito feliz com isso.
Diz o jovem emocionado...
Glalber – Depois de tudo que passamos juntos amor, você
merece tudo que quiser.
Diego e Glalber se olham...
Diego – Você me salvou, você me mudou, quando eu pensei que
tudo estava perdido, quando eu achei que era o fim, você apareceu, naquele dia
na empresa do meu pai, onde tudo começou, eu te amo amor e sempre vou amar.
Glalber – Vamos ficar juntos para sempre amor, nada e
ninguém vai separar a gente, e já tenho até lugar pra nos morar.
Diego – Aonde amor?
Glalber – No apartamento do meu irmão, ele deixou pra mim e
viajou para Europa com a mulher dele, e deixou alguns presentes para a gente.
Diego – Seremos muitos felizes lá amor, tenho certeza disso.
Eles pegam na mão um de outro...
Começa a
cerimônia...
Cristina – Boa noite, meu nome é Cristina sou a mãe de
Diego, que todos já conhecem não é mesmo?
Eduardo – Boa noite, meu nome é Eduardo, sou o pai de Diego,
e com uma grande honra que a gente começa a cerimônia de casamento do meu único
filho.
Cristina – Infelizmente, a mãe de Glalber não se encontra
mais entre nós, ela morreu tentando salvar a vida do filho, uma verdadeira
prova de amor, não é mesmo? Ela pode não estar em forma física, mas sempre será
lembrada em nossas lembranças, em nossos corações e sei que onde ela estiver
ela está feliz por seu filho Glalber está se casando hoje.
Diz a empresária emocionada...
Eduardo – Sejam todos bem vindos à cerimônia de casamento de
Glalber e Diego.
Cristina – Há pessoas que entram na nossa vida por acaso,
mas não é por acaso que elas têm o privilégio de permanecer.
Afirma a empresaria...
Ao som da música “Indispensável para mim”, Diego e Glalber
entram... E é iniciada a cerimônia, o casal troca as alianças e no final
Glalber faz uma declaração para Diego...
Glalber – Alguns meses atrás, eu conheci a pessoa que
mudaria a minha vida, e realmente essa pessoa mudou a minha vida, me fez crer
que ainda é possível amar, mesmo em um mundo que as pessoas não sabem valorizar
as outras, ainda existe pessoas que pensam em ter algo sério e isso me chamou a
atenção, passamos por muita coisa juntos, até duvidar do nosso sentimento um pelo
outro a gente duvidou, e hoje estamos aqui juntos, realizando nosso casamento.
Diego, eu quero que você saiba que eu te amo tanto, te quero tanto e garanto a
você que você será a pessoa mais feliz
do mundo, eu te amo amor.
Todos aplaudam de pé após a declaração feita por Glalber...
Diego – Eu nem sei o que dizer amor.
Diz o jovem emocionado...
Glalber – Nada e ninguém vão separar mais a gente, eu te
prometo amor.
Em seguida os dois se beijam...
Caribe
Cena 016 // Lar de
idosos // Exterior // Manhã
Ao som da musica “Immigrant
Song - Led Zeppelin”
Uma mulher vestida com uma roupa de enfermeira aparece
cuidando de dois idosos... Ela se levanta, pois estava colocando as meias em uma
idosa e se vira, tira o boné e é Inês...
Inês – Consegui enganar a todos com a minha falsa morte,
graças aquela substância que o Mauricio me deu, agora todos pensam que eu
morri, mas na verdade to viva e muito viva, hahaha, vou começar minha nova vida
aqui.
Ela caminha até a sacada da casa de repousos e olha para o
horizonte...
Flash Back
Favela // Interior
// Barraco de Mauricio
Inês chega ao barraco de Mauricio, um ex-colega de
faculdade...
Inês – Acho que é esse aqui, ele deveria ter seguido a
carreira que ele estudou, que lugar horrível.
Diz a vilã sentindo nojo do lugar...
Ela bate palma várias vezes...
Inês – Será que não tem ninguém aqui?
Pergunta a vilã desconfiada...
Mauricio enfim aparece...
Mauricio – Desculpa à demora, eu estava resolvendo uns
assuntos particulares.
Inês - Entendi, ta se lembrando de mim?
Mauricio – Você seria quem?
Inês – Sou a Inês, a gente estudou juntos na faculdade.
Mauricio – Ah sim, lembrei, e o que uma pessoa tão bem
vestida faz aqui nessa favela?
Inês – Bem, me falaram que você conseguiria me arrumar uma
substância que faz a pessoa ficar desmaiada por horas, e que as outras
pensariam que a pessoa tenha morrido.
Mauricio – Continua a mesma malvada de sempre, o que
aprontou dessa vez hein? Sorte a sua que hoje estou de bom humor, eu tenho essa
tal de substância vou pegar pra você.
Inês – Obrigada.
Ele entra no barraco para pegar a substância... Em poucos
minutos ele retorna...
Mauricio – Aqui está a substancia, mas toma muito cuidado,
se tomar muito, pode acabar morrendo mais rápido.
Ele entrega a substância para Inês...
Inês – Muito obrigada, não sei como te agradecer por isso.
Mauricio – Ah sabe sim, você sabe muito que eu era louco
por você naquela época, lembra?
Inês – E dá pra esquecer?
Mauricio – Eu quero um beijo seu, acho que é justo isso, eu
te dei a substância, você me dá um beijo.
Inês – Do jeito que você preferir gatinho.
Ela então se aproxima do bandido, e começa a beijar ele,
ela retira o revolver da sua cintura e coloca na parte intima dele...
Mauricio – Pelo jeito quer mais que beijo, to sentido.
Inês – Uma pena você não poder fazer mais isso.
Afirma à vilã rindo...
Mauricio – Como assim?
Inês – Vá pro inferno, seu desgraçado de uma figa.
A vilã faz dois disparos nas partes íntimas de Maurício...
E ele cai sentindo dor...
Mauricio – Por que você fez isso sua cachorra? Filha da
mãe.
Diz o bandido sentindo muita dor...
Inês – Você acha mesmo que eu deixaria você vivo? De jeito
nenhum, bem acho que você precisa de mais um tiro, não morreu facilmente.
Ela então faz mais um disparo na cabeça dele... E ele
morre, em seguida, ela entra no carro e vai embora...
DE VOLTA AO
PRESENTE
Inês – Eu falei que ninguém iria me prender, dito e feito, a
partir de agora me chamo Verônica Miranda.
Afirma à vilã...
Idoso – Verônica preciso de ajuda.
Inês – Já estou indo querido.
Diz a vilã com um sorriso maléfico...
FIM
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