Crônica 6: O assaltante de pirulitos #PenúltimaCrônica

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Escrita por Júnior Araújo

Penúltima Crônica

Crônica 6: O assaltante de pirulitos

Mais um dia de grandes emoções tomou conta da vida do "Júnior Azarado". Dessa vez chegou em um ponto perigoso. Tudo começa em uma manhã, manhã quente, desde logo já sentia uma energia diferente rodeando-me a áurea.

Energias negativas estavam em minha volta, pois sentimentos de lamúrias e depressivos surgem no meu subconsciente. Porque isso agora? Resposta essa que não fazia a menor ideia. Pronto pra ir à Universidade, chego com um humor árduo, sentindo que algo estava para acontecer, porém não imaginava do que se tratava. 

Em casa, me preparo para voltar a Universidade novamente, pego meu celular e sinto no olhar da minha mãe e dos meus irmãos que eles queriam dizer algo, porém as palavras ficaram presas na garganta. A noite passa amistosa, compro vários pirulitos, pois gosto muito de doces, decido presentear uma das minhas amigas que estava triste: "Um pirulito para adoçar sua vida!"

Fim de aula, fim de noite. Junto com meus amigos conseguimos uma carona. Fiquei feliz, já que estava exausto e iria chegar mais cedo em casa, mas durante o caminho inteiro da viagem estava sentido algo estranho a me rodear, não sei dizer o que era, apenas soube minutos depois.

Chegando na minha cidade, digo à uma amiga: "Vou por essa rua, a outra é muito perigosa." Caminhando apressadamente sinto um vento frio vim em minha direção, me arrepio. As ruas estão desertas, só se escutam o latido dos cachorros misturados com o desespero dos gatos. Um lugar escuro mais a frente se esconde um rapaz, apenas escuto sua voz em eco. Caminhando, sinto que algo está prestes a acontecer, os cachorros latem em minha direção, me viro não vejo nada, o coração acelera e o ataque é imediato.

Sou abordado por um rapaz mascarado, armado com uma faca enorme e por sinal muito amolada. No primeiro impacto gelei, porém respirei fundo e tentei tomar o controle. O assaltante queria meu celular, não lutei contra isso, disse que ele não precisava fazer nada contra mim, pois daria o objeto. Lhe passei o celular, meu dinheiro, o escapulário e por incrível que pareça ser levou-me o hidratante labial e meus pirulitos. Levou o celular tudo bem, mas meus pirulitos? Juro que segurei-me para não ri.

Meus pirulitos, foi caminhando o resto do caminho pensando neles. Como uma criatura rouba pirulitos? O rogo praga até hoje, tinha comprado meu estoque de doces para o outro dia e o infeliz levou. Quando digo aos meus amigos que fiquei chateado porque o assaltante levou-me os pirulitos e não liguei muito para o celular, eles debocham e sorriem. Isso é Brasil, até assaltante de pirulitos nós temos!